A guerra digital em torno de Michelle Bolsonaro
Hoje, as redes sociais amanheceram inundadas por um vídeo em que uma sindicalista fala em destruir Michelle Bolsonaro...
Hoje, as redes sociais amanheceram inundadas por um vídeo em que uma sindicalista fala em destruir Michelle Bolsonaro. “Ela é uma carta-chave. E, se a gente não arrumar um jeito de destruir ela politicamente, e quiçá de outras formas, jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível, nós vamos arrumar um problema para a cabeça”, disse Elenira Vilela.
Ela é coordenadora do Sinasefe, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica. Várias pessoas faziam parte da live e um deles era José Genoíno, presidente do PT.
Um dado interessante é que essa live foi feita no dia 22 de dezembro do ano passado mas o corte só viralizou hoje. Coincidentemente, bem quando começava a ganhar corpo o noticiário sobre uma influencer petista atacada e ameaçada por seguidores de Michelle Bolsonaro.
No dia 4 de janeiro, a ex-primeira-dama publicou um print de um Tweet de Karina Santos, influencer petista, com a legenda: “Terrivelmente petista. Como uma boa comunista-caviar, ama um dinheirinho?”.
Karina Santos começou a receber ataques em massa e ameaças de morte. Foi à polícia de Pernambuco que anteontem instaurou um inquérito para apurar a situação. Ela publicou um vídeo contendo prints das mensagens que recebeu e postou a seguinte legenda: “Já dizia mainha: quem tem c* tem medo! A Polícia Civil instaurou inquérito e já identificou quase todas as pessoas que me detrataram. Algumas pessoas já vieram pedir arrego, e eu tenho um recado: segurem o BO de vocês!”.
Quando isso chega à imprensa, coincidentemente, viraliza o vídeo sobre destuir Michelle Bolsonaro politicamente e “quiçá de outras formas”.
A prosseguir com a estratégia de agressividade, a esquerda caminha para eleger Michelle Bolsonaro presidente da República. Isso já foi feito quando Jair Bolsonaro começou a ficar em evidência pela rivalidade com Jean Wyllys e a presença em programas como Superpop e CQC.
Ele sempre fazia declarações à la Bolsonaro. A resposta, no entanto, era vista por muitos como desproporcional. Houve casos em que militantes cercaram e vandalizaram o carro do então parlamentar, nos idos de 2015. A mais icônica foi o cuspe de Jean Wyllys na votação do impeachment de Dilma Rousseff. O ex-presidente assume a condição de vítima, apesar das declarações agressivas.
A imagem do perseguido pelo mundo é muito poderosa no universo cristão. “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes ele odiou a mim. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia”, diz o Evangelho de João, em seu capítulo 15.
Michelle Bolsonaro é muito mais ligada ao universo evangélico que o marido. Além disso, tem um comportamento que aparenta moderação, bem diferente do marido. As reações contrárias a ela, nesse contexto, tendem a ser muito mais facilmente vistas como desproporcionais e, portanto, persecutórias.
A ex-primeira-dama agora é um agente político, presidente do PL mulher e cotada para uma candidatura à vaga de Sergio Moro no Senado. Muita gente dá como favas contadas que haverá uma cassação e novas eleições.
A esquerda repete com Michelle Bolsonaro as ações de enfrentamento contra Jair Bolsonaro. Ele se tornou presidente da República. Resta saber se, pela primeira vez na história da humanidade, fazer a mesma coisa terá resultados diferentes.
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