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Um balanço da violência no Equador

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 10.01.2024 10:48 comentários
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Um balanço da violência no Equador

Diante do cenário caótico, que enfrenta o Equador por conta da onda de violência, o presidente Daniel Noboa decretou "estado de conflito armado interno" no país, com o objetivo de controlar a situação e garantir a segurança...

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Um balanço da violência no Equador
Foto: Reprodução

Diante do cenário caótico, que enfrenta o Equador por conta da onda de violência, o presidente Daniel Noboa decretou “estado de conflito armado interno” no país, com o objetivo de controlar a situação e garantir a segurança.

A crise teve início na segunda-feira, 8, quando ocorreu a fuga da prisão do criminoso José Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder da facção criminosa Los Choneros.

Para tentar conter o avanço da violência, o governo autorizou a atuação das Forças Armadas nas ruas, em apoio à polícia. As cidades do país registraram invasões, explosões e sequestros. Segundo informações da imprensa equatoriana, oito pessoas morreram em Guayaquil e outras duas em Nobol.

Penitenciárias em todo o país sofreram tentativas de motim, com o sequestro de guardas. Pelo menos sete policiais também foram sequestrados nas cidades de Machala e Quito. Há indícios ainda de que um brasileiro tenha sido sequestrado em Guayaquil.

Foram identificadas 22 facções como organizações terroristas e atores beligerantes não estatais.

As Forças Armadas foram autorizadas a executar operações militares para neutralizar esses grupos criminosos. A ação resultou, até o momento, na detenção de 70 pessoas, na recaptura de 17 presos e na liberação de três policiais que haviam sido sequestrados.

O Ministério da Educação do Equador suspendeu as aulas presenciais em todo o país até sexta-feira, 12. No Congresso, todos os partidos políticos fecharam um acordo para apoiar o governo no combate ao crime organizado. A sede presidencial e as estações de metrô de Quito foram militarizadas.

Países da América Latina, como Argentina, Colômbia e Bolívia oferecem ajuda ao Equador para contornar a crise de segurança. O Brasil apenas manifestou solidariedade.

A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou em uma entrevista para o canal de televisão TN que estaria disposta a enviar “forças de segurança se for preciso porque isso é um tema continental”.

Bullrich também escreveu um texto no X, antigo Twitter, comentando a situação. “O Equador passou de um país tranquilo e com baixo índice de homicídios a um país dominado pelo narcoterrorismo. Não devemos recuar contra as máfias: devemos lutar todos os dias para impor o peso da lei e a força do Estado para cuidar dos cidadãos. Todo o nosso apoio ao presidente Noboa. Força Equador“, escreveu a ministra.

Daniel Noboa, presidente do Equador, é o mais jovem da história do país e assumiu o cargo com a promessa de combater com firmeza os grupos de traficantes, ligados aos cartéis colombianos e mexicanos. Ele já havia anunciado a construção de dois presídios de segurança máxima nas províncias de Pastaza e Santa Elena.

O presidente afirmou que não negociará com terroristas e que trabalhará incansavelmente para devolver a paz aos equatorianos.

O Equador se tornou um centro do tráfico internacional de drogas nos últimos anos, sendo localizado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína. Essa posição geográfica estratégica fez com que o país se tornasse um alvo das gangues que disputam o controle das rotas do tráfico.

Mais de 7,8 mil homicídios e 220 toneladas de drogas apreendidas apenas em 2023, além de confrontos entre presidiários que resultaram em mais de 460 mortes desde 2021. Os homicídios nas ruas também aumentaram significativamente nos últimos anos.

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