O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), disse nesta quarta-feira, 25, que todos responderão pela tragédia, referindo-se ao ataque terrorista do Hamas que deixou cerca de 1.400 mortos em Israel.

Embora evite assumir a responsabilidade pelas falhas de inteligência na tragédia de 7 de outubro, como fizeram os chefes de segurança, Netanyahu afirmou, em declaração à nação, que enfrentará uma investigação sobre o episódio após a guerra.

“O dia 7 de outubro foi um dia negro na nossa história. Chegaremos ao fundo do que aconteceu na fronteira sul e na área que envolve Gaza. A tragédia será investigada ao máximo”, disse o primeiro-ministro israelense.

“Todos terão de dar respostas sobre a tragédia, incluindo eu, mas tudo isso só acontecerá depois da guerra”, acrescentou.

“Como primeiro-ministro, sou responsável por garantir o futuro do Estado. E, neste momento, a minha função é liderar o Estado de Israel e o povo a uma vitória esmagadora sobre os nossos inimigos. Agora é o momento de unir forças para um objetivo: avançar para a vitória”, completou.

No comunicado, Netanyahu também afirmou que as Forças de Defesa Israelenses, FDI, preparam-se para uma incursão terrestre contra o Hamas, mas sem antecipar quando a ofensiva acontecerá.

Há cinquenta anos, na Guerra do Yom Kippur, Israel também foi surpreendido e atacado. A então primeira-ministra, Golda Meir, do Partido Trabalhista, estava no comando do país e foi criticada por falhas nos setores de inteligência, que não conseguiram prever o avanço das forças armadas da Síria e do Egito. Golda depois foi submetida a um interrogatório, situação que foi retratada no filme Golda. Quatro anos depois, o Partido Trabalhista perdeu as eleições.