Após semanas de intensivos testes para investigar os problemas da nave espacial Starliner da Boeing, a NASA e os representantes da empresa ainda não conseguiram definir uma data de retorno para os astronautas no espaço há quase dois meses.

Os engenheiros finalmente têm algumas respostas possíveis sobre o que causou parte dos problemas da Starliner durante a primeira etapa da viagem espacial, que incluíram vazamentos de hélio e propulsores que pararam de funcionar abruptamente.

Quais Problemas Enfrenta a Starliner?

Durante a viagem rumo à Estação Espacial Internacional, a nave enfrentou problemas significativos com seus sistemas de propulsão. Engenheiros da Boeing e da NASA replicaram o comportamento dos propulsores em solo, disparando motores de teste mais de 1.000 vezes para compreender melhor por que eles desligaram inesperadamente.

Esses testes revelaram que o calor acumulado dentro dos propulsores pode ter causado inchaço nas vedações de Teflon, restringindo o fluxo de combustível. Essa descoberta proporcionou um entendimento mais claro sobre a “causa raiz” dos problemas, ajudando a planejar um retorno seguro.

Como os Testes Estão Ajudando a Entender os Vazamentos de Hélio?

Separadamente, os engenheiros também estão fazendo progressos na compreensão dos vazamentos de hélio que atrapalharam a primeira etapa da jornada da Starliner. Testes adicionais no espaço continuarão neste fim de semana para avaliar a integridade das vedações afetadas pelo combustível ao longo do tempo.

Esses testes são cruciais para determinar se os vazamentos de hélio pioraram enquanto a Starliner estava atracada na Estação Espacial Internacional. Compreender a gravidade desses vazamentos é essencial para garantir que a nave esteja pronta para retornar os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams em segurança.

Quais Foram as Medidas Tomadas pela NASA e Boeing?

Compreendendo a causa dos problemas dos propulsores e dos vazamentos de hélio, a Boeing e a NASA planejam substituir as vedações de Teflon por materiais menos suscetíveis ao desgaste provocado pelo combustível. Este ajuste deve minimizar os riscos e assegurar a durabilidade das futuras missões da Starliner.

Além disso, autoridades afirmaram que, devido aos problemas identificados com os propulsores, os astronautas não irão pilotar manualmente a Starliner no retorno, reduzindo o estresse extra sobre os sistemas.

O Que Vem a Seguir para a Starliner?

A NASA e a Boeing estão se preparando para realizar uma revisão final para planejar o desacoplamento da Starliner da Estação Espacial, possivelmente no final da semana que vem. A decisão dependerá da análise detalhada dos dados do propulsor e dos testes realizados.

Essas iniciativas visam garantir um retorno seguro dos astronautas, além de fortalecer a confiabilidade da Starliner para futuras missões espaciais.

Essas medidas são fundamentais para o sucesso da missão e para a segurança de Butch Wilmore e Suni Williams, que chegaram à Estação Espacial Internacional em 6 de junho para uma missão que deveria durar aproximadamente uma semana, mas já se estendeu por mais de 50 dias.

Problemas e Soluções Identificadas

• Propulsores: Identificação do problema de acúmulo de calor e inchaço das vedações de Teflon.

• Vazamentos de Hélio: Avaliação das vedações degradadas devido à exposição ao combustível, com planos de substituição por materiais mais duráveis.

• Teste de Motores: Mais de 1.000 disparos realizados para replicar e compreender o comportamento dos propulsores.

Esses esforços contínuos são essenciais para garantir não apenas o sucesso desta missão, mas também a segurança e eficácia das futuras viagens espaciais com a Starliner.