“Melhor do que o esperado”, diz FMI sobre governo Milei
Segundo o FMI, o governo do presidente da Argentina, Javier Milei, “superou” as metas de aumento de reservas internacionais e de déficit fiscal, com resultados “melhores que o esperado para o primeiro trimestre” deste ano.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nessa segunda-feira, 13 de maio, um acordo preliminar sobre a oitava revisão do pacote de ajuda à Argentina. Dessa forma, há um caminho aberto — e quase livre — para que o país consiga um crédito que pode chegar a US$ 1 bilhão com o fundo.
Segundo o FMI, o governo do presidente da Argentina, Javier Milei, “superou” as metas de aumento de reservas internacionais e de déficit fiscal, com resultados “melhores que o esperado para o primeiro trimestre” deste ano.
Com isso, a Casa Rosada conquistou a oitava revisão do pacote de socorro de US$ 44 bilhões negociado pelos argentinos com o FMI em 2018, pelo então presidente Maurício Macri, e conseguiu liberar desembolso de cerca de US$ 800 milhões.
Foi uma vitória no âmbito internacional para Milei, que nesta semana está focado em outra conquista a nível nacional: negociar apoio suficiente no Senado para aprovar sua polêmica “Lei Ônibus. O pacote liberal se tornou uma das prioridades do governo, e inclui uma lista de privatizações, a concentração de alguns poderes nas mãos do executivo e uma pequena e polêmica reforma trabalhista.
Com tom elogioso, o relatório citou “esforços significativos” do governo para expandir a assistência social a mães e crianças vulneráveis, bem como para proteger o poder de compra das aposentadorias na Argentina.
Em fevereiro, a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, já havia acenado a Milei, ressaltando a confiança do fundo em seus esforços para reformar a economia argentina em crise, apesar de “contratempos políticos.”
Segundo o documento do FMI “Com base em resultados melhores do que o esperado – todos os critérios de desempenho para o primeiro trimestre foram ultrapassados”.
O fundo destacou as conquistas:
1. O primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos;
2. Rápida queda da inflação;
3. Mudança na tendência das reservas internacionais;
4. Forte redução do risco soberano (ameaça da Argentina não honrar o empréstimo bilionário).
O fundo apoia Milei desde que ele assumiu o cargo, em dezembro, com o objetivo de atingir um déficit zero em 2024, mesmo que isso inclua um plano “motosserra” para cortar gastos.
A número dois do FMI, Gita Gopinath, que esteve em Buenos Aires, elogiou o progresso do governo Milei, mas também pediu “planos para aprofundar o progresso” do programa e ainda proteger os cidadãos mais vulneráveis.
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