O ditador Nicolás Maduro, em sua verborragia de domingo, 4 de agosto, durante celebração dos 87 anos da Guarda Nacional Bolivariana, acusou o dono do X, Elon Musk, de representar uma das “seitas satânicas do poder americano” que articularam outras “seitas”, como a do presidente da Argentina, Javier Milei, e dos “demônios fascistas”, termo usado por ele para demonizar, literalmente, opositores e manifestantes na Venezuela.

A acusação foi feita na mesma cerimônia em que o ditador acusou TikTok e Instagram de infectarem venezuelanos de “ódio”, reclamou da falta de “regulamentação nacional” das redes sociais e pediu “recomendações” a autoridades de segurança sobre o tema, nitidamente incomodado com a perda do controle absoluto das narrativas circulantes no país. Só faltou pedir sugestões a Lula e Alexandre de Moraes.

Ao narrar um encontro com padres, Maduro ainda pregou que o espírito de seu regime seja o “de Jesus no deserto”, aonde o filho de Deus “foi para se encontrar com o diabo”.

O sucessor de Hugo Chávez, em sua exploração maniqueísta da fé, também se colocou ao lado dos “verdadeiros cristãos” contra o ocultismo de ditadores como Adolf Hitler (Alemanha), Benito Mussolini (Itália) e Francisco Franco (Espanha), como se ele próprio, Maduro, não fosse um integrante do time dos ditadores.

O Antagonista reproduz a logorreia.

“Quando eu contei isso, me disseram exatamente o que fazer com o diabo, com os símbolos diabólicos que Elon Musk usa. Olhem para o perfil dele e os símbolos diabólicos que ele tem no peito. São seitas satânicas do poder americano que articularam seitas como a de Milei ou, na Venezuela, seitas satânicas como esse fascismo que atacou o país.

É uma luta de caráter espiritual entre o bem e o mal, entre o ódio, a mentira, o engano, o fascismo. Porque vocês sabem todo o ocultismo que existiu por trás de Hitler. Uma longa história, pouco conhecida. O ocultismo por trás de Mussolini e o ocultismo por trás de Francisco Franco e as seitas infiltradas na igreja católica que chegavam até o Vaticano naquela época. Pouco conhecida, essa história. O certo é que é uma luta de caráter espiritual entre a espiritualidade profunda em Cristo nosso Senhor, a espiritualidade profunda desta Venezuela nobre e bela e grupos satânicos. E eu dizia a esses padres ontem, bem, estávamos conversando sobre isso, eles nos diziam ‘o senhor está certo, presidente’, eles ficaram surpresos que eu falasse sobre esse assunto.

Depois falei da força de Davi que está no Antigo Testamento, vocês conhecem, todos nós conhecemos. Somos Davi diante do Golias Elon Musk, o Golias Império [norte-americano]. E carregamos nossa vibração, abençoada e forte, a vibração de Davi. E a Força Armada Nacional Bolivariana carrega milhares de vibrações de Davi em cada unidade militar, em cada comando.

E eu comecei a falar com eles sobre algo. Eu lhes disse que nosso espírito tem que ser o espírito do deserto, de Jesus no deserto. E eles me perguntaram ‘por quê?’ Eu me meto com uns padres que me perguntam por quê. Eu lhes disse: porque Jesus foi ao deserto para se encontrar com o diabo. E foi um momento crucial, a grande prova de Jesus. Como a grande prova que estamos passando agora. E o diabo usou todas as suas artimanhas. Diz-se que ele usou diferentes formas para enganar nosso Senhor Jesus. Há filmes que representaram essa cena de Mateus, que Mateus relata na Bíblia.

Pode-se falar de mitologia bíblica, como queiram interpretá-la os historiadores, os racionalistas. Mitologia bíblica com uma força muito grande. Mas nós, os católicos, os verdadeiros cristãos, sabemos que é uma batalha de Jesus e do povo de Jesus contra os demônios fascistas.”

Milei rebate Maduro

Milei comentou a fala de Maduro em sua própria rede social:

“Os comunistas nos atacam, cheios de insolência e impiedade, para nos exterminar, às nossas mulheres e aos nossos filhos, e para se apoderarem dos nossos despojos.

Nós, por outro lado, lutamos pelas nossas vidas e pelos nossos costumes.

O céu irá esmagá-los diante de nós, não tenham medo deles!

Porque a vitória no combate não depende do número de soldados, mas da força que vem do céu.

O comunismo é ateísta, temos fé em Deus.

VIVA A LIBERDADE, CARALHO!”

Maduro, na verdade, usa diferentes formas para enganar venezuelanos, que cada vez menos acreditam em suas patifarias, como mostram as atas eleitorais divulgadas pela oposição. Mas nunca vai deixar de ser o motoboy de Chávez que pagava semanalmente de 300 mil a 800 mil dólares, em dinheiro vivo, por fora, aos então marqueteiros do PT. Pergunte a Mônica Moura.

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