A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se reuniu neste sábado, 17, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e defendeu que o seu país deve ter uma posição de “apoio inabalável” à Ucrânia.

O encontro ocorreu às margens da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. As conversas ocorreram dois anos depois de eles se terem encontrado no mesmo local, cinco dias antes do início da invasão russa. O fato foi lembrado pela vice-presidente americana.

Kamala Harris afirmou que os Estados Unidos não devem permitir que a ajuda à Ucrânia seja barrada por questões políticas.

“No que se refere ao nosso apoio à Ucrânia, devemos ser inabaláveis e não podemos fazer jogos políticos”, disse a vice-presidente americana ao lado de Volodymyr Zelensky, durante conferência de imprensa.

Zelensky também manifestou confiança nos EUA e disse que “não pensa que o nosso parceiro estratégico se permitirá deixar de apoiar a Ucrânia”.

Agradecendo a Harris pelo apoio desde o início da guerra, o presidente ucraniano afirmou ainda que a Ucrânia “precisa da sua unidade [dos EUA] durante um período tão desafiador para nós e, claro, para os EUA”.

Em dezembro, o presidente Joe Biden recebeu Zelensky na Casa Branca e anunciou um pacote de ajuda militar no valor de 60 bilhões de dólares.

Acordos de segurança com a Ucrânia

O presidente francês Emmanuel Macron assinou na sexta-feira, 16, um acordo de segurança com a Ucrânia. O acordo será válido por dez anos “e assim permanecerá até que a Ucrânia se junte à OTAN”, afirmou Macron. 

Antes de chegar a Paris na sexta, Zelensky assinou um acordo semelhante em Berlim com o Chanceler Olaf Scholz. Um acordo “histórico”, disse Zelensky em Berlim, quando a Alemanha também firmou um apoio fundamental para a Ucrânia.

“Estamos enviando uma mensagem muito clara ao presidente russo: não vamos afrouxar o nosso apoio à Ucrânia”, disse o chanceler alemão. Berlim anunciou a entrega de 36 obuseiros blindados PzH2000, 120 mil munições, dois sistemas de defesa aérea.