A Justiça do Peru aceitou ontem um pedido da promotoria do país para incluir o Força Popular — partido de oposição liderado por Keiko Fujimori — na investigação sobre supostos pagamentos de propinas pela Odebrecht.

A medida foi tomada uma semana depois de Keiko, de 44 anos, sair da prisão.

Embora agora esteja em liberdade, a filha do ex-ditador Alberto Fujimori continua sendo investigada.

A decisão de incluir o Força Popular na investigação foi tomada pelo juiz Víctor Zúñiga, do Tribunal de Investigação Preparatória Especializado em Crime Organizado, a pedido do promotor José Domingo Pérez, da equipe montada para trabalhar no caso investigado pela Lava Jato.

No fim do mês passado, em entrevista à Crusoé, o procurador-chefe da Lava Jato do Peru, Rafael Vela, falou sobre a corrupção no país e a comparou com a do Brasil.

“É uma realidade muito parecida com o caso da Lava Jato do Brasil. O status quo corrupto resiste a ser vencido, assim como no Brasil, e tem presença nas mais altas esferas do poder”, disse.

Leia a reportagem de Duda Teixeira:

Procurador da Lava Jato do Peru comenta libertação de Keiko: “Muito parecido com Brasil”

Com isso, o partido de Keiko pode, a depender do resultado das investigações, ser suspenso ou mesmo extinto.