Jornalista da Al Jazeera é comandante do Hamas, dizem FDI
Tropas israelenses encontraram laptop com imagens e documentos de homem que tem aparecido nas transmissões da emissora estatal do Catar
As Forças de Defesa de Israel (FDI) apresentaram imagens e documentos que mostram que um suposto jornalista palestino da Al Jazeera é também comandante da ala militar do Hamas em Gaza.
Em publicação nas redes sociais, o tenente-coronel Avichay Adraee, porta-voz das FDI em língua árabe, afirmou que, há várias semanas, as tropas israelenses encontraram um laptop em uma base do Hamas no norte de Gaza que pertence a um homem chamado Mohamed Washah.
Washah tem aparecido nas transmissões da Al Jazeera nos últimos meses. A emissora estatal do Catar, país que abriga os líderes do Hamas, se refere a ele como um de seus jornalistas.
Segundo Avichay Adraee, as provas encontradas no laptop revelam que Washah também é um “comandante proeminente” na unidade de mísseis antitanque do Hamas. No final de 2022, ele começou a trabalhar em pesquisa e desenvolvimento para a unidade aérea do grupo terrorista.
No mês passado, como mostramos, dois “jornalistas” da Al Jazeera foram mortos num ataque aéreo em Rafah. Eles foram posteriormente acusados pelas FDI de serem membros do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina.
Na ocasião, a Al Jazeera negou as acusações, defendendo que os dois eram jornalistas. Entidades internacionais pediram então uma investigação independente do incidente.
Em entrevista à revista Crusoé, o presidente do Instituto de Pesquisa de Mídia no Oriente Médio (MEMRI, na sigla em inglês), Yigal Carmon, classificou a emissora como “o megafone do Hamas”.
O instituto monitora mais de 100 canais árabes e islâmicos diariamente. De todos os canais monitorados, Carmon destacou o trabalho da Al Jazeera.
“A Al Jazeera é o megafone do Hamas. O Catar deu a eles um canal 24 horas por dia. A guerra começou com uma declaração de guerra na Al Jazeera na manhã do sábado, 7 de outubro”, disse.
“Eles criam o terror e daí chegam e dizem que são mediadores. ‘Nós temos boas relações com eles’, dizem. Mas por que eles têm boas relações com os terroristas? O que os terroristas estão fazendo na capital do Catar há anos? Eles são os comandantes. É loucura.”
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