Israel alerta Brasil sobre ex-prisioneiros libertados em acordo com Hamas
Lista enviada a autoridades estrangeiras inclui nomes, idades, nacionalidades e condenações criminais de ex-detentos

Israel alertou o Brasil e outros países sobre a possível movimentação de centenas de ex-prisioneiros libertados – em sua maioria palestinos – como parte do acordo para a soltura de reféns sequestrados pelo Hamas.
A lista, enviada a autoridades estrangeiras, inclui nomes, idades, nacionalidades e condenações criminais.
A Polícia Federal brasileira está entre as instituições que receberam o documento, que circulou em redes de inteligência nesta semana, diz o g1. O governo israelense não respondeu se monitora os ex-detentos após a libertação.
Entre os nomes listados está o de Maome Mtsalah, 48, preso desde 2002 e condenado à prisão perpétua por crimes como posse de armas, tentativa de homicídio e treinamento militar.
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Monitoramento no Brasil
Desde 2019, o Ministério da Justiça permite barrar, ainda no aeroporto, a entrada de estrangeiros considerados perigosos.
A norma se aplica a pessoas com ligação a terrorismo, crime organizado, tráfico e exploração sexual infantil.
Há relatos de que alguns indivíduos ligados a grupos terroristas passam pelo Brasil antes de seguirem para outros destinos, como os Estados Unidos.
O país seria usado como rota de trânsito, sem intenção imediata de atividades ilícitas. Por isso, agentes de inteligência trocam informações para rastrear deslocamentos.
Trocas de reféns continuam
Neste sábado, como mostramos, o Hamas libertou três reféns israelenses em Khan Younis, no sul de Gaza, cumprindo parte do acordo de cessar-fogo.
Foram soltos Sagui Dekel-Chen, cidadão americano-israelense, Alexandre Troufanov, russo-israelense, e Iair Horn, argentino-israelense.
Israel, por sua vez, se comprometeu a soltar 369 prisioneiros palestinos, o maior número desde o início das trocas.
Em resposta à exibição de reféns debilitados pelo Hamas, o sistema prisional israelense também organizou um evento simbólico. Os detentos palestinos foram vestidos com camisas estampadas com uma Estrela de Davi e a frase em árabe: “Não esqueceremos nem perdoaremos”.
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