O Hamas publicou nesta quarta-feira, 30, mensagens que orientam jovens palestinos a iniciar incêndios em áreas de Israel e da Cisjordânia, segundo o The Jerusalem Post.

Os textos circularam em canais no Telegram e perfis no X, com apelos para que plantações, florestas e casas de israelenses sejam queimadas.

Os chamados surgem no mesmo dia em que incêndios atingiram as Colinas da Judeia e regiões próximas a Jerusalém.

O Corpo de Bombeiros elevou o nível de alerta e mobilizou equipes de diversas regiões. O governo cancelou todos os eventos do Dia da Independência.

Postagens atribuídas ao Jenin News Network e à emissora Akhbar Filastin repetem frases como “façam as casas dos colonos virarem cinzas” e incentivam o uso de coquetéis molotov.

Cartazes compartilhados mostram pessoas mascaradas ateando fogo. A hashtag #BurnSettlersHouses foi usada para unificar a campanha.

As mensagens chamam a ofensiva de “Chamas do Dilúvio”, em referência ao ataque de 7 de outubro de 2023, batizado pelo Hamas como “Dilúvio de Al-Aqsa”.

O uso de fogo como arma já foi adotado em ações anteriores com balões incendiários lançados a partir da Faixa de Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel pediu ajuda a países europeus. A Autoridade Palestina ofereceu apoio para conter os incêndios, mas foi criticada por canais aliados ao Hamas.

O uso sistemático de fogo como método de ação foi documentado por veículos como BBC, Reuters e Times of Israel. Observadores internacionais alertam para o potencial de escalada e aumento das restrições civis na região.