A família de Paul-Henri Nargeolet, famoso explorador francês que morreu na implosão de um submersível durante uma viagem ao Titanic, entrou com uma ação por homicídio culposo contra a OceanGate.

A ação judicial busca uma indenização de US$ 50 milhões (R$ 280 milhões) alegando grave negligência por parte da operadora do submarino.

O trágico acidente ocorreu em junho de 2023, durante uma expedição ao famoso naufrágio no Atlântico Norte.

Nargeolet, junto com outras cinco pessoas, incluindo o CEO da OceanGate, Stockton Rush, perdeu a vida quando o submersível experimental Titan implodiu.

Morte do explorador francês gera processo judicial contra OceanGate

Os advogados da família alegam que o submersível Titan apresentava uma “história problemática” e que a empresa OceanGate ocultou informações cruciais sobre a embarcação e sua durabilidade.

Segundo eles, Nargeolet foi designado como membro da tripulação sem conhecimento completo das falhas do navio.

Em um comunicado, os advogados do Buzbee Law Firm de Houston afirmaram que um dos principais objetivos do processo é obter respostas sobre como o acidente aconteceu, quem esteve envolvido e como foi possível permitir que tal evento ocorresse.

Quem foi Paul-Henri Nargeolet, explorador francês

Nargeolet era diretor de pesquisa subaquática do RMS Titanic e um veterano respeitado em explorações subaquáticas.

Ele era amplamente conhecido por suas contribuições significativas ao estudo do Titanic e outros naufrágios históricos. Sua experiência e conhecimento aprofundado faziam dele uma figura central no campo da arqueologia subaquática.

O explorador tinha vasta experiência em missões de alto risco.

Segundo os advogados da família, a falta de transparência da OceanGate sobre as condições do Titan foi um fator determinante na presença de Nargeolet na expedição fatal.

Ação Judicial: O que está em jogo?

Os familiares de Nargeolet buscam uma compensação financeira significativa, mas o processo também visa expor as falhas de segurança e transparência da OceanGate.

Eles acusam a empresa de ocultar informações críticas sobre a integridade do submersível, que poderiam ter evitado a tragédia.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos está investigando o incidente. Uma audiência pública está programada para setembro de 2024, onde detalhes adicionais sobre a tragédia podem ser revelados.

Transparência e segurança: Lições aprendidas

Este caso destaca a importância da transparência e segurança em expedições de alto risco. Empresas que operam submersíveis experimentais precisam garantir que todas as informações relevantes sejam compartilhadas com seus tripulantes e passageiros.

A ação judicial contra a OceanGate pode servir como um precedente para futuras regulamentações e práticas no campo da exploração subaquática.

A indústria precisa adotar padrões rigorosos para evitar que tragédias como essa se repitam.

Em resumo, a perda de Paul-Henri Nargeolet é um lembrete doloroso dos riscos associados à exploração subaquática e da necessidade crítica de práticas seguras e transparentes para proteger vidas humanas.