“Esta é de fato uma guerra contra a Europa, não apenas contra a integridade territorial da Ucrânia”
Os países europeus encontram-se hoje entre uma "Rússia agressiva" e "uns Estados Unidos da América imprevisíveis" e devem "tornar-se mais fortes" para "garantir a sua própria segurança", disse Friedrich Merz

A “guerra da Rússia contra a Europa” exige um plano de investimentos massivos, particularmente investimentos militares, que foi submetido ao parlamento alemão para votação na terça-feira, 18 de março, justificou o provável futuro chanceler alemão, Friedrich Merz, perante o Bundestag.
“As circunstâncias são determinadas principalmente pela guerra de agressão de Putin contra a Europa. Esta é de fato uma guerra contra a Europa, não apenas uma guerra contra a integridade territorial da Ucrânia”, disse Friedrich Merz.
“Nova comunidade de defesa europeia”
A “guerra contra a Europa” travada pela Rússia torna necessário o plano de investimentos gigantescos, particularmente militares, submetido à votação dos parlamentares alemães na terça-feira, 18, justificou Friedrich Merz, para quem a Alemanha está, assim, lançando as bases para uma “nova comunidade de defesa europeia”.
Os países europeus encontram-se hoje entre uma “Rússia agressiva” e “uns Estados Unidos da América imprevisíveis” e devem “tornar-se mais fortes” para “garantir a sua própria segurança”, disse Friedrich Merz.
Os parlamentares alemães votarão na terça-feira, 18, em um programa para aumentar maciçamente os gastos orçamentários com defesa, um importante ponto de virada para a maior economia da Europa, que busca gastar muito para se rearmar e se modernizar.
Polônia e países bálticos pedem retirada do tratado que proíbe minas antipessoais
Os ministros da defesa da Polônia e dos três estados bálticos disseram na terça-feira, 18 de março, que seus países deveriam deixar a convenção internacional que proíbe minas antipessoal, citando a necessidade de fortalecer suas defesas após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Com esta decisão, estamos enviando uma mensagem clara: nossos países estão prontos e podem usar todas as medidas necessárias para defender nosso território e nossa liberdade”, disseram em uma declaração conjunta.
Lituânia, Letônia, Estônia e Polônia, países que fazem fronteira com a Rússia, acreditam que “desde a ratificação da Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoal (Convenção de Ottawa), a situação de segurança em nossa região se deteriorou fundamentalmente”, de acordo com o texto.
“À luz deste ambiente de segurança volátil marcado pela agressão russa e da ameaça contínua que isso representa para a comunidade euro-atlântica, é essencial avaliar todas as medidas destinadas a fortalecer nossas capacidades de dissuasão e defesa”, disseram os ministros.
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