Escala de violência e apagão de redes móveis: Eleições tensas no Paquistão
Saiba tudo sobre a tensa situação política no Paquistão: do apagão das redes móveis ao fechamento de fronteiras, e como isso afeta as eleições.
O Paquistão, um dos maiores países da Ásia do Sul, teve uma quinta-feira nervosa nesta quinta-feira (8). O governo país tomou a decisão de suspender temporariamente os serviços de telefonia móvel em todo o território nacional e fechar algumas das suas fronteiras terrestres. A medida foi tomada numa tentativa de garantir a segurança e manter a lei e a ordem durante as votações da eleição nacional, que foram precedidas por um aumento preocupante em incidentes violentos.
A escalada de violência em meio às eleições
Na trágica véspera da eleição, 26 pessoas perderam a vida em duas explosões ocorridas nas proximidades dos escritórios dos candidatos eleitorais na província do Baluchistão, situada no sudoeste do país. O grupo radical Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos atentados. Ao mesmo tempo em que o país enfrenta uma séria crise econômica, o ambiente político também se mostra altamente polarizado, deixando muitos analistas sob a crença de que é improvável que haja um vencedor claro nestas eleições.
Em reação à escalada de violência, milhares de soldados foram destacados para as assembleias de votação em todo o país e as fronteiras com o Irã e o Afeganistão foram temporariamente fechadas, tudo para facilitar a realização pacífica das eleições. “Como resultado dos recentes incidentes de terrorismo no país, vidas preciosas foram perdidas; as medidas de segurança são essenciais para manter a situação da lei e da ordem e lidar com possíveis ameaças”, disse o Ministério do Interior em uma declaração.
Reações ao apagão das redes móveis
No entanto, a decisão de suspender as redes móveis enfrentou críticas de líderes de partidos da oposição. Bilawal Bhutto Zardari, do Partido Popular do Paquistão e filho do antigo primeiro-ministro Benazir Bhutto, apelou para a “restauração imediata” dos serviços. Em meio a este cenário conturbado, os primeiros resultados não oficiais das eleições são esperados algumas horas após o encerramento da votação, às 17h (horário local), e uma imagem mais clara provavelmente surgirá na manhã de sexta-feira.
As principais disputas deverão ser entre candidatos apoiados por Imran Khan, ex-primeiro ministro e líder do partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), e a Liga Muçulmana do Paquistão, do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif – este último é considerado o favorito. O resultado desta eleição será determinante para o futuro do Paquistão e para o desenrolar da ainda profunda crise econômica que assola o país.
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