O secretário-assistente para as Américas do Departamento de Estado, Brian Nichols, disse nesta quinta (3) a deputados esperar que o Brasil realize eleições “livres, justas e transparentes” no fim do ano.

O deputado federal democrata Brad Sherman, da Califórnia, perguntou a Nichols: “Muitos observadores estão preocupados com a erosão da democracia pelo presidente Bolsonaro e com os direitos humanos no Brasil e suas políticas ambientais que ameaçam a Amazônia (…) Qual é sua avaliação do estado da democracia e dos direitos humanos no Brasil? Em qual medida o Brasil está progredindo em direção aos seus compromissos sob o Acordo de Paris?”.

“O Brasil é um parceiro forte e importante para nós, na região e globalmente”, respondeu Nichols a uma sessão da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

“É atualmente um membro não-permanente do Conselho de Segurança e estamos trabalhando próximos a eles em uma ampla gama de assuntos”, afirmou.

Nichols citou a atuação do enviado especial John Kerry com suas contrapartes brasileiras antes da COP26, e acrescentou: “Conseguimos compromissos muito mais fortes do governo brasileiro do que qualquer um teria esperado. E eles estão trabalhando duro para implementá-los”.

Nichols continuou: “O Brasil tem uma democracia robusta e bem-desenvolvida. Vão realizar eleições no fim do ano, e esperamos que essas eleições serão livres, justas e transparentes. Temos engajado frequentemente com o governo brasileiro em múltiplos níveis sobre questões de democracia, direitos humanos e o estado de direito, bem como apoio aos nossos vizinhos na região, como o Haiti”.

Na verdade, os compromissos ambientais assumidos pelo governo Bolsonaro são fracos, inclusive permitindo terminar 2022 entregando mais desmatamento do que em 2018.

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