O Centro pela Resiliência da Informação (CIR, na sigla em inglês), uma ONG sem fins lucrativos com sede em Londres, avaliou as publicações da Nova Resistência e constatou que os propagandistas russos que ficam no Brasil têm uma preferência clara pelo republicano Donald Trump (foto).

A Nova Resistência foi considerada pelo Departamento de Estado americano como uma organização “quase paramilitar” que promove “ideologias neofascistas do filósofo russo Aleksander Dugin, cuja Quarta Teoria Política (4PT) busca unir grupos de extrema direita e extrema esquerda ao redor do mundo visando desestabilizar a democracia e derrubar a ordem internacional baseada em regras”. Segundo o Departamento de Estado, o site da Nova Resistência “publica regularmente desinformação pró-Kremlin e pró-autoritária, comparável, em termos de conteúdo e tempo, a meios de comunicação com vínculos conhecidos com a inteligência russa”.

De acordo com o estudo da CIR, a Nova Resistência considera que uma vitória de Trump nas eleições presidenciais de novembro seria uma vitória para a Rússia.

“Trump é frequentemente apresentado como uma possível solução para a ‘unipolaridade’ que os EUA querem impor ao mundo, já que Trump não é visto tanto como Joe Biden como um interventor (no mundo). Trump retirará a ajuda americana à Ucrânia“, diz a CIR.

Ao criticar o mundo unipolar, liderado apenas pelos Estados Unidos, a Nova Resistência promove a “multipolaridade” — conceito que também é muito apreciado pelo atual governo brasileiro.

Quando trata de assuntos militares, a Nova Resistência enfatiza o quanto a Rússia teria a ensinar o Brasil, particularmente, sobre o nacionalismo.

O discurso nacionalista dos propagandistas russos afirma que a Ucrânia é um lugar de nazistas que sofre de “degradação moral“.

Como Joe Biden tem dado apoio à Ucrânia, então os propagandistas russos já assumiram o lado de Donald Trump.

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