Crusoé: Não vai ter ata eleitoral na Venezuela
Tribunal Supremo de Justiça em Caracas negou recursos de dois ex-candidatos que pediam uma análise dos resultados oficiais
A abordagem do presidente Lula após a fraude eleitoral da Venezuela, no dia 28 de julho, foi cobrar do ditador Nicolás Maduro (foto) a entrega das atas eleitorais.
As atas são os comprovantes emitidos pelas urnas e que foram entregues aos representantes dos vários partidos presentes em cada uma das mesas.
A cobrança das atas foi um dos temas dos comunicados conjuntos que o Itamaraty assinou com a Colômbia.
A oposição fez a sua parte e divulgou as atas na internet.
Contudo, a chance de Maduro divulgar as atas acabou nesta terça, 5, dia em que a Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) encerrou o caso.
Dois ex-candidatos presidenciais, Enrique Márquez e Antonio Ecarri, enviaram pedidos para que a Corte conferisse os números emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral, CNE, e abrisse os dados mesa por mesa.
Em duas sentenças divulgadas nesta terça, 5, o tribunal afirma que certificou de “maneira inquestionável” e “categoricamente” os resultados divulgados pelo CNE na madrugada de 29 de julho.
A Sala Constitucional do TSJ, contudo, não divulgou os argumentos usados para tomar suas decisões.
Brasil apanha quieto e pede desculpas
A possibilidade de o governo Lula ter alguma influência nas decisões do ditador Nicolás Maduro já tinha se desfeito há tempos.
Depois que o presidente Lula se disse assustado após Maduro prometer um “banho de sangue” se perdesse as eleições, o venezuelano recomendou que ele tomasse um chá de camomila.
Após a fraude eleitoral, o assessor especial da Presidência Celso Amorim foi chamado de mensageiro do imperialismo americano e agente da CIA.
A Polícia Nacional Bolivariana publicou nas redes sociais uma imagem de Lula e a bandeira brasileira com a frase: “Quem se mete com a Venezuela se dá mal“.
Maduro chamou o encarregado de negócios brasileiro em Caracas para dar explicações e convocou de volta o embaixador venezuelano em Brasília.
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