Fontes de inteligência ucranianas disseram que o primeiro encontro militar entre soldados ucranianos e tropas norte-coreanas ocorreu na região de Kursk, na Rússia.

O exército da Ucrânia lutou contra tropas norte-coreanas pela primeira vez desde que Pyongyang enviou suas forças para ajudar a Rússia, confirmou o ministro da defesa da Ucrânia na terça-feira, 5 de novembro

Rustem Umerov disse que houve “conflitos em pequena escala” entre as forças de Kiev e os soldados norte-coreanos, em uma entrevista à mídia sul-coreana. Ele não forneceu mais detalhes.

Andriy Kovalenko, chefe do Centro de Combate à Desinformação da Ucrânia, disse na segunda-feira, 4, que os soldados norte-coreanos “já foram atacados” no Oblast de Kursk, na Rússia.

Questionado se o engajamento significava que a Coreia do Norte havia oficialmente se juntado à guerra, Umerov respondeu: “Sim, acho que sim. Foi um confronto.”Esperamos mais engajamentos nas próximas semanas”, ele acrescentou.

Mais de 10.000 soldados norte-coreanos estão agora na região de Kursk para ajudar na invasão da Ucrânia por Moscou, disse o Pentágono na segunda-feira, 4.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy pediu no sábado que os aliados de Kiev suspendessem sua proibição de ataques de mísseis de longo alcance em território russo para que a Ucrânia possa atingir as tropas da Coreia do Norte: “Todos estão apenas esperando que os militares norte-coreanos comecem a atacar os ucranianos”, lamentou Zelenskyy em uma publicação no Telegram.

Rússia avança, mas com muitas baixas

Enquanto o mundo inteiro aguarda com expectativa as eleições nos EUA de hoje, o horror na Ucrânia continua. O comandante-chefe do exército ucraniano, coronel-general Oleksandr Syrskyj, disse que as tropas estão atualmente resistindo a uma das “ofensivas mais fortes” da Rússia desde o início da guerra, no final de Fevereiro de 2022.

A Rússia, porém, está pagando um preço alto por isso: as perdas do exército são elevadas, informou o Kyiv Independent, citando o governo ucraniano. A marca de 700 mil soldados russos feridos ou mortos foi ultrapassada. O número aumentou acentuadamente nos últimos meses – em outubro, as tropas russas registraram uma média de mais de 1.300 vítimas todos os dias.

Neste contexto, o Telegraph informou que a Rússia tinha emitido um manual de 20 páginas para os seus soldados sobre a escavação de valas comuns. Além de diagramas de sepulturas com sacos para cadáveres empilhados uns sobre os outros, o manual também contém informações precisas sobre quais equipamentos e quantos homens são necessários para cavar tais sepulturas.

“Em condições normais de trabalho, são necessárias 368,5 horas de trabalho para enterrar 100 mortos numa vala comum”, afirma o manual num tom prático. Segundo o Telegraph, esta é aparentemente uma versão atualizada de instruções que já haviam sido distribuídas em 2021 – antes do início da guerra.

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