O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o Irã tem grande responsabilidade pela desestabilização do Oriente Médio.

A declaração foi feita no dia seguinte ao “ataque preventivo” realizado por Israel contra alvos nucleares militares iranianos.

Segundo Macron, o regime de Teerã estava perto de “um ponto crítico” para uma arma nuclear.

“O Irã tem uma responsabilidade muito grande pela desestabilização da região. O Irã continua enriquecendo urânio sem nenhuma justificativa civil e em níveis muito próximos do que é necessário para um dispositivo nuclear”, afirmou.

Macron, porém, alertou para o risco de uma “escalada descontrolada”.

A relação entre Macron e o governo israelense esfriou nos últimos meses, após o presidente francês apoiar a criação do Estado da Palestina.

Ataque preventivo no Irã

As Forças de Defesa de Israel lançaram um “ataque preventivo” contra instalações nucleares e alvos militares no Irã na noite desta quinta-feira, 12.

“Dezenas de jatos da IAF [Forças de Defesa Israelense] completaram a primeira etapa, que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã”, afirmam as Forças de Defesa de Israel (FDI) no X.

Segundo as autoridades israelenses, foram atingidas as instalações nucleares de Natanz, Fardow e o centro de pesquisa Parchin.

As FDI informaram também a eliminação de militares do alto escalão do Irã.

Natanz

Uma das instalações nucleares atingidas por Israel foi a de Natanz.

Ela fica localizada a 30 a 40 metros abaixo da superfície e protegida por uma estrutura de concreto com espessura de aproximadamente sete metros, destinada à enriquecimento de urânio.

Mas o complexo de Natanz não é totalmente subterrâneo, o que o deixa vulnerável a ataques aéreos.

Natanz já havia sido alvo de ações israelense anteriores, incluindo diversas tentativas de sabotagem nos anos 2000.

Há quinze anos, os israelenses conseguiram infectar as máquinas de Natanz com o vírus de computador Stuxnet.

O código estranho acelerou…

Siga a leitura em Crusoé. Assine e apoie o jornalismo independente.