O papa Francisco (foto) resolveu entrar pessoalmente na questão de representantes da Igreja Católica que têm sido presos pela ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua. Nesta segunda, 1º, o sumo pontífice – e o líder político da Igreja Católica, manifestou acompanhar o caso.

“Acompanho com profunda preocupação o que ocorre na Nicarágua, onde bispos e padres estão sendo privados de sua liberdade”, disse, após a missa do Angelus.

Antes de convocar os fiéis a uma “insistente reza” pelo país, o líder católico disse que queria expressar sua “proximidade na reza a eles, e a Igreja Católica no país como um todo.”

“Espero que consigamos sempre alcançar o caminho do diálogo para superar as dificuldades”, disse o Papa no Vaticano. “Vamos rezar pela Nicarágua hoje.”

O que ocorre na Nicarágua?

O governo de Daniel Ortega tem se mantido no poder nas últimas décadas, em grande parte, pela exclusão sumária de adversários da disputa eleitoral. O Judiciário aparelhado ajuda nos planos de Ortega, mas a igreja se mantém como uma pedra no sapato no governo de Manágua.

Na última semana, a escalada contra os religiosos se acentuou. De acordo com o Vaticano, o governo de Ortega prendeu 14 padres e dois seminaristas, além de um bispo local.

O caso do bispo Isidoro del Carmen Mora Ortega foi o que mais chamou a atenção. Ele, que coordena a diocese de Siuna, foi preso pelas autoridades por rezar por outro bispo. Rolando José Álvarez Lagos, da cidade de Matagalpa, foi condenado a 26 anos de prisão por supostamente conspirar contra o país, além de (segundo o governo) espalhar notícias falsas, obstruir a Justiça e insultar autoridades.

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