Giuseppe Conte, o primeiro-ministro da Itália, depôs hoje por mais de três horas a procuradores de Bergamo num inquérito que apura as causas da disseminação do novo coronavírus no país europeu, informam as agências internacionais.

O objetivo da investigação –na qual Conte depõe como testemunha– é saber por que não foi instituída uma “zona vermelha” nas cidades de Nembro e Alzano Lombardo, os primeiros focos de contágio na província de Bergamo, a mais atingida pela pandemia.

No final de fevereiro, quando foram detectados os primeiros casos de transmissão interna na Itália, o governo transformou 11 cidades (10 na Lombardia e uma no Vêneto, no norte do país) em “zonas vermelhas”, com bloqueios para impedir a entrada e saída de pessoas.

A mesma medida não foi tomada em Nembro e Alzano Lombardo, que também ficam na Lombardia e só entraram em quarentena em 9 de março.

A Itália foi um dos países europeus mais atingidos pela Covid-19, com cerca de 34 mil mortos –número já superado pelo Brasil há dias.