Conheça novo primeiro-ministro, figura histórica da direita francesa Conheça novo primeiro-ministro, figura histórica da direita francesa
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Conheça novo primeiro-ministro, figura histórica da direita francesa

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4 minutos de leitura 05.09.2024 10:51 comentários
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Conheça novo primeiro-ministro, figura histórica da direita francesa

Michel Barnier chegou ao cargo de Primeiro-Ministro aos 73 anos, munido da calma de um governante eleito com experiência nas mais complexas situações políticas

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Conheça novo primeiro-ministro, figura histórica da direita francesa
Reprodução/Instagram

Sessenta dias após a renúncia de Gabriel Attal, o nome de seu sucessor foi finalmente anunciado. Michel Barnier, um político histórico da direita, com vasta experiência política, foi nomeado primeiro-ministro em 5 de setembro por Emmanuel Macron.

“Eu não sou febril”. Michel Barnier gosta de pronunciar esta frase com um sorriso. Chegou ao cargo de Primeiro-Ministro aos 73 anos, munido da calma de um governante eleito com experiência nas mais complexas situações políticas.

“Não sendo candidato para 2027, ele não vai incomodar ninguém. O seu perfil europeu, tal como a sua ação em termos ecológicos, poderiam ajudá-lo. Em última análise, a sua candidatura é de apaziguamento num período delicado”, confidencia um colega dos Republicanos.

Michel Barnier

Nascido em Isère em 1951, Michel Barnier estudou administração antes de se envolver na política. Com apenas 22 anos, tornou-se conselheiro geral de Saboia (1973-1999). Eleito deputado pela Sabóia na sequência das eleições legislativas de 1978, era, na época, o deputado mais jovem do hemiciclo, sendo então eleito o mais jovem presidente do conselho geral da história da Sabóia em 1982.

Quatro vezes ministro

Após 15 anos de delegação, esta figura histórica da direita francesa deixou a Assembleia Nacional em 1993 para entrar no governo como Ministro do Ambiente no governo de Édouard Balladur.

Foi então Ministro Delegado para os Assuntos Europeus de 1995 a 1997, no governo de Jacques Chirac. Como tal, é o chefe da delegação francesa para a negociação do Tratado de Amesterdã.

Em 2004, foi nomeado Ministro das Relações Exteriores no terceiro governo de Jean-Pierre Raffarin, em 31 de março de 2004. Nessa época, liderou a operação para libertar os dois jornalistas Christian Chesnot e Georges Malbrunot no Iraque, e esteve envolvido na libertação da francesa Florence Aubenas.

Em 2007 e 2009, foi Ministro da Agricultura no governo de François Fillon.

Dois mandatos como Comissário Europeu


Michel Barnier foi nomeado Comissário Europeu em 1999. Responsável pela revisão da política regional e de coesão, teve também a missão de reformar as instituições e a Convenção Europeia sobre o Futuro da União.

Em 2003, fundou a “Nouvelle République”, um clube político que visa reunir decisores políticos, líderes empresariais e membros da sociedade civil de todos os lados.

Em 2006, Michel Barnier foi conselheiro especial do Presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso. Como tal, apresentou um relatório propondo a criação de uma força europeia de proteção civil, a Europe Aid.

Foi então nomeado Comissário Europeu para o Mercado Interno e Serviços entre 2010 e 2014. Candidato do PPE, concorreu durante algum tempo ao cargo de Presidente da Comissão Europeia, Neste período publicou a sua obra “Se reposer ou être libre” (Descansar ou ser Livre).

Senhor Brexit

Michel Barnier foi nomeadamente o arquiteto do acordo entre o Reino Unido e a União Europeia para o período pós-Brexit. Uma missão de alto risco que liderou com mão de ferro durante mais de quatro anos, chegando finalmente à assinatura de um acordo – cerca de 1.500 páginas – que rege as relações europeias e britânicas desde 1 de janeiro de 2021.

Críticas a Macron

Em 2021, Michel Barnier fez muitas críticas às políticas de Emmanuel Macron, durante um debate nas primárias republicanas às quais era candidato na altura:

“Nosso país não foi bem governado. O fracasso do presidente cessante é claro. Emmanuel Macron governou o nosso país, dentro e fora, de forma solitária e arrogante”, declarou na ocasião.

Leia mais: Esquerda francesa reage à nomeação de primeiro-ministro

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