O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entregou a “medalha dos três Is”, criada por seu pai, Jair Bolsonaro, ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

O objeto traz estampado o rosto do ex-presidente brasileiro e as palavras “imbrochável”, “imorrível” e “incomível”.

“Meu pai criou essa moeda de coleção. Diz aqui ‘imorrível’. É uma palavra que ele usa para dizer que nunca morre, porque foi esfaqueado e sobreviveu. ‘Imbrochável’ significa que você nunca falha com uma mulher na cama. ‘Incomível’, ninguém vai te foder”, explicou o parlamentar ao primeiro-ministro húngaro em vídeo publicado nas redes sociais.

Eduardo Bolsonaro entregou a “medalha dos três Is” a Orbán durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) que ocorreu em Budapeste, capital da Hungria.

Além de entregar o objeto a Orbán, o “filho 03” afirmou que o político húngaro é o “melhor primeiro-ministro do mundo” e apresentou a ele seu filho mais novo, Jair Henrique, que nasceu em setembro de 2023.

Imbrochável

A medalha entregue a Orbán faz referência a declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro a apoiadores durante seu governo.

Em maio de 2021, um apoiador perguntou a Bolsonaro sobre seu estado de saúde e ele respondeu que era “imorrível, imbrochável, incomível”.

Em janeiro de 2021, ele já havia dito a apoiadores em Brasília que era “imbrochável”, apesar dos problemas para governar.

Em 7 de setembro de 2022, após o desfile militar do Bicentenário da Independência na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro puxou um coro de “imbrochável” com apoiadores.

Bolsonaro na embaixada da Hungria

O jornal americano The New York Times revelou, em 25 de março, imagens que mostram que o ex-presidente Jair Bolsonaro passou 48 horas na embaixada da Hungria quatro dias após a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro. A operação investigava uma trama para golpe de Estado.

O jornal sugere que Bolsonaro estava tentando uma aproximação com Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, com planos de escapar do sistema judicial brasileiro.

Após o pedido de arquivamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou a ação sobre a estadia de Jair Bolsonaro na embaixada.

Segundo o ministro, não há “elementos concretos” que indiquem “efetivamente” que o ex-presidente tentou fugir do Brasil.