O Vaticano informou nesta quinta-feira (29) ter punido o bispo Carlos Ximenes Belo, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1996 e importante figura na luta pela liberação de Timor-Leste, acusado de ter abusado sexualmente de menores nos anos 1990, informa a France Presse.

As acusações ao bispo foram divulgadas na última quarta (28) pelo jornal holandês De Groene Amsterdammer, que reuniu testemunhos de mais de 20 pessoas.

Segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, a Santa Sé começou a acompanhar o caso “pela primeira vez em 2019” e impôs sanções disciplinares contra Belo no ano seguinte.

O bispo, que tem 74 anos, foi proibido de exercer seu ministério e não deve mais voltar a ter contato voluntário com menores nem morar no Timor-Leste —de onde saiu há 20 anos, após as primeiras denúncias de abusos sexuais.

Na época, Belo era administrador apostólico do país do Sudeste Asiático, cargo que exercia desde 1983. Em 2002, ele renunciou alegando motivos de saúde.