David Cameron (foto), ministro das Relações Exteriores do Reino Unido e ex-primeiro-ministro britânico, classificou como “absurdas” as alegações sul-africanas de que Israel está cometendo genocídio contra os palestinos em Gaza, apresentadas no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia.

Questionado pela Sky News se Israel “poderia” ter tomado medidas que violam o direito internacional, Cameron disse: “Não, absolutamente não”.

“Acho que a ação sul-africana está errada, é inútil e não deveria estar acontecendo”.

Ele acrescentou que não é advogado, mas disse que, para provar o crime de genocídio, é preciso provar a intenção do crime. Para o ministro britânico, Israel e os militares do país agem em legítima defesa e obedecendo ao Estado de direito.

“Dizer que aquele país, aquela liderança, essas forças armadas, que têm a intenção de cometer genocídio – acho que isso é um absurdo, acho que está errado”, afirmou.

O que diz Israel?

Israel acusou a África do Sul de funcionar como “braço jurídico do Hamas”. O porta-voz israelense do Ministério das Relações Exteriores, Lior Haiat, afirmou que o país africano ignora as ações do grupo terrorista. Haiat descreveu as ações da África do Sul como “uma das maiores demonstrações de hipocrisia da história”.

A defesa de Israel no Tribunal Internacional de Justiça em Haia argumenta que as baixas civis foram o resultado não intencional dos esforços para combater o Hamas. Israel enfatiza as medidas tomadas para minimizar as baixas civis, como a distribuição de milhões de panfletos e o envio de mensagens para civis em Gaza, instando todos a evacuar áreas de combate priorizadas pelas Forças de Defesa de Israel.

E Lula?

Na quara-feira, 10, o Itamaraty divulgou uma nota na qual afirma que o presidente Lula apoia a ação apresentada pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça.

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