“Não tenho nenhum candidato. Essa é uma escolha do governo. Vou fazer uma transição suave independente do candidato que for escolhido“, afirmou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, há pouco durante evento em São Paulo com empresários.

O líder da autoridade monetária participa de evento promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresaria) sobre inovação. RCN dava um exemplo sobre notícias equivocadas no que diz respeito ao trabalho do Banco Central e citou as especulações sobre a mudança no comando da autoridade monetária.

De acordo com ele, não há preferência por parte dele em um ou outro candidato e reafirmou que defende uma transição tranquila na autarquia. Além disso, reforçou que a decisão sobre o substituto é do presidente Lula.

O mandato de Roberto Campos Neto se encerra no final deste ano. Além da óbvia impossibilidade de Lula o indicar para um novo mandato – visto que o petista entende que o presidente do BC é aliado de Bolsonaro, Campos Neto tem afirmado, desde o início do mandato, em 2021,que não tem interesse em uma recondução para mais quatro anos na presidência do BC.

Entre os nomes apontados como favoritos para a cadeira está o do atual diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que, antes de ser indicado para a Diretoria da autoridade monetária foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Galípolo é visto como um nome de confiança do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad.

Lide Inovação

Roberto Campos Neto é um dos expositores do seminário promovido pelo Lide sobre “Usuários ultraconectados e a digitalização econômica”. Acompanham o presidente do Banco Central na discussão, o ex-presidente do BC Henrique Meirelles; o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, o presidente de tecnologia para a América Latina, Ming Xu; e Caio Megale, economista-chefe da XP.