Os investidores estão apostando em um cenário mais benéfico para o Brasil com o início da redução dos juros básico nos Estados Unidos em setembro. O ativos brasileiros reagiram bem à fala do presidente do FED (Federal Reserve) de que um corte na taxa básica americana “pode estar na mesa” na próxima reunião dos membros da autoridade monetária daqui a dois meses.

A poucas horas da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil, o mercado local acompanhou a melhora no exterior com a declaração de Jerome Powell. O dólar chegou a reduzir os ganhos contra o real impulsionado pelo americano, mas voltou a subir após notícias de uma possível retaliação iraniana contra Israel, em função do assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.

A moeda americana chegou a recuar para 5,63 reais, mas caminhava para encerrar o dia em 5,65 reais, alta de mais de 0,50% na sessão. O real registrou, novamente, a pior performance entre os emergentes. Apenas a divisa brasileira e outras duas entre 23 emergentes encerraram as negociações desta quarta-feira, 31, se depreciando contra a americana.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, acompanhou as bolsas americanas e acelerou a alta após as falas de Jerome Powell. O indicador encerrou o dia em alta de 1,20%, aos 127,7 mil pontos, puxada pela alta das commodities em função do aumento da tensão no Oriente Médio e pelas ações da Weg cujo resultado do segundo trimestre fez os papéis dispararem 10,47% na sessão. Completando as maiores altas estiveram TIM (+6,84%) e Localiza (+4,26%). Entre as principais contribuições positivas, Petrobras (+2,07% PN; +2,71% ON) e Vale (2,34%) acompanharam a fabricante de motores elétricos.

Do lado oposto, as principais influência negativas para o indicador ficou com as ações de Itaú (-1,40%), Banco do Brasil (-1,48%) e JBS (-2,43%).

A expectativa agora é pela decisão do Copom logo mais, quando a autoridade monetária brasileira deve sinalizar sobre a possibilidade de um novo aperto monetário.