Investidores locais devem responder a bom humor internacional durante o feriado e à nova decisão sobre juros do Copom (Comitê de Política Monetária) na noite de quarta-feira, que cortou a Selic de 12,75% ao ano para 12,25% a.a. e se comprometeu em manter o ritmo nas “próximas reuniões”.

O posicionamento do Banco Central sobre a manutenção da magnitude dos corte na taxa básica deve ajudar os vencimento dos juros curtos a cederem na sessão de hoje, uma vez que o mercado vinha precificando um desaceleração no movimento a partir da primeira reunião do colegiado no ano que vem, em fevereiro.

Ainda no radar, a mudança da meta fiscal para o ano que vem ainda pode trazer alguma volatilidade, enquanto os agentes econômicos tentam calibrar as expectativas. Vale lembrar que o BC repetiu o alerta sobre a importância de perseguir  a meta.

No exterior, mercados parecem mais otimistas após falas do presidente do FED, Jerome Powell, indicando que os juros podem ter chegado ao nível adequado por lá. Na agenda econômica americana, o payroll, com expectativa de desaceleração na criação de vagas de trabalho, pode trazer algum movimento de acomodação. A expectativa de consenso é de que o relatório deve apresentar a geração de 188 mil novos postos, contra 366 mil na leitura do mês anterior.

No cenário corporativo, a empresa de viagens CVC e a agrícola SLC divulgam os balanços referentes ao desempenho no terceiro trimestre. A bolsa brasileira também reage ao desempenho no exterior durante o feriado nacional. Ontem, na sessão americana, os papéis de empresas brasileiras negociadas por lá registraram alta, com o iShares MSCI Brazil (ETF que replica o Ibovespa) em alta de 2,9%.

No campo das commodities, o minério de ferro encerrou a primeira metade da sessão em Singapura em leve alta de 0,33%, a US$ 123 a tonelada. O petróleo operava próximo à estabilidade às 8h08, cotado a US$ 86,92 o barril do tipo Brent.