A curva de juros futuros brasileira redobrou a cautela após a decisão dos juros nos Estados Unidos e a manutenção da possibilidade de mais uma alta na taxa básica americana. O FED (Federal Reserve) anunciou a estabilidade dos juros entre 5,25% e 5,50% como esperado pelo mercado, mas não indicou o encerramento do ciclo de alta das taxas por lá.

A medida impactou o custo dos empréstimos interbancários por aqui e fez com que os juros com prazos intermediários se afastassem das mínimas do dia e terminassem a sessão praticamente estáveis em relação à terça-feira. Os títulos com prazos mais longos também diminuíram a queda do dia.

A cautela em resposta à postura um pouco mais contracionista que o esperado por parte do FED, aumentou a cautela para a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) agora à noite. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, também foi impacto, ao lado dos índices acionário americanos.

O indicador brasileiro chegou a subir mais de 1,30% durante o dia, perdeu fôlego conforme o mercado digeria o recado da autoridade monetária americana de que mais um aumentos nos juros ainda é possível este ano. O Ibovespa encerrou a sessão em alta próxima a 0,90%, um pouco acima dos 118,9 mil pontos, puxado por exportadoras e bancos.

O dólar se valorizou com o posicionamento do FED. A moeda americana chegou a recuar frente ao real durante o dia, mas inverteu a trajetória após o comunicado da autoridade monetária americana e se encaminhava para fechar cotada a RS 4,88.