Com investidores precavidos à espera de posicionamentos do Copom (Comitê de Polítca Monetária) do Banco Central e do FED (Federal Reserve) dos Estado Unidos nesta quarta-feira, 31, as taxas futuras recuaram por aqui até 8 pontos base nos vencimentos intermediários e longos, com a ponta mais curta contida.

O mercado espera uma manutenção da Selic em 10,50% ao ano, mas aguarda ansioso pelo posicionamento da autoridade monetária sobre os impactos da alta do dólar e da deterioração das contas públicas, após o Banco Central apontar déficit recorde para um primeiro semestre desde a pandemia.

Além disso, a força do dólar no ano, que avançou 13,51% até agora e está cotado acima de 5,60 reais, impacta as projeções de inflação tanto do mercado quanto do próprio BC. Os investidores precificam uma alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros até o fim do ano, e a autoridade monetária deve se posicionar sobre essa perspectiva do mercado.

Nos Estados Unidos, a expectativa é de que o FED indique que pode começar a cortar os juros por lá em setembro, como precificado pelo mercado. O suspense sobre a comunicação da autarquia americana está no quão incisivo o banco central dos EUA pode ser sem elevar ainda mais as apostas de cortes, que dão como certas duas, pelo menos, duas reduções até o fim deste ano.

Diante desse cenário, os investidores adotaram uma posição de aversão a risco na sessão desta terça-feira, 30. Apesar do recuo dos juros futuros por aqui, o dólar encerrou as negociações praticamente estável.

O Ibovespa, principal indicador acionário do país, caiu 0,64%, aos 126,1 mil pontos. As principais detratoras do índice nesta terça-feira, 30, foram as ações da Vale (-2,21%), Petrobras (-0,62% PN; -0,73% ON) e Weg (-1,33%). Na ponta oposta, os papéis de Embraer (+4,26%). JBS (+2,92%) e Suzano (+1,21%) amenizaram a queda.

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