CNI vê “excesso de conservadorismo” no corte da taxa de juros
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou "excesso de conservadorismo" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter o ritmo...
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou “excesso de conservadorismo” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter o ritmo da redução da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual.
“O cenário de controle da inflação justifica plenamente a redução da Selic em ritmo mais acelerado, e é isso que a CNI espera que seja feito nas próximas reuniões do Copom. É preciso – e possível – mais agressividade para que ocorra uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas e consumidores”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban, em comunicado.
Na quarta-feira (13), o patamar do indicador foi reajustado para 11,75% ao ano, o menor desde março de 2022.
“Isso deixa claro o quão contracionista tem sido a política monetária brasileira e que o patamar da Selic ainda é excessivo para o quadro de inflação corrente, assim como para a perspectiva de inflação futura, prejudicando o mercado de crédito e a atividade econômica”, completa Alban.
Para a CNI, a inflação segue com “comportamento favorável” para a redução mais acentuada da taxa de juros.
“O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,9% no acumulado em 12 meses até novembro de 2022, chegou a 4,7% no acumulado em 12 meses até novembro deste ano. Se não fossem as desonerações tributárias, o IPCA acumulado em 12 meses até novembro de 2022 teria sido de 9%, o que comprova uma desaceleração da inflação ainda mais acentuada”, diz comunicado.
A confederação cita ainda a queda dos preços nos setores de Alimentos, Industriais e Serviços como perspectivas positivas que justificam a aceleração da queda da Selic.
“Para 2023, as projeções em 4,5% sinalizam cumprimento do regime de meta de inflação após dois anos. Para 2024, as projeções em 3,9% também sinalizam o cumprimento da meta, mas em condição ainda melhor, já que, além do respeito ao teto, deve haver aproximação do centro da meta, de 3%”, justifica a CNI.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)