A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na terça-feira (19) a reforma do Imposto de Renda proposta pelo ministro da Economia e candidato à Presidência, Sergio Massa, que isenta de tributação qualquer um que ganhe abaixo de 1,7 milhão de pesos, cerca de 23.971 reais.

Com a reforma, menos de 1% dos contribuintes argentinos deverão pagar o imposto, o equivalente a 90 mil pessoas. Com o custo de 1 bilhão de dólares por ano aos cofres públicos, a medida deve ser compensada, segundo o governo argentino, pelo eventual crescimento do rendimento e consumo no país.

Com 135 votos a favor e 103 contra, o projeto contou com o apoio de Javier Milei, candidato à Presidência da direita radical. Líder nas pesquisas, ele disse concordar com “qualquer iniciativa que consista em baixar impostos”.

Em campanha por Patricia Bullrich, o ex-presidente Maurício Macri criticou os radicais que votaram a favor reforma do Imposto de Renda de Massa e, em entrevista à imprensa argentina, afirmou que “o populismo é muito contagioso”.

Macri disse que a iniciativa é “um disparate eleitoral” e que “apoiá-la é irresponsável”.

Ex-ministra da Segurança, Bullrich classificou o projeto como “eleitoreiro” e “irresponsável”.

Com a aprovação da reforma do Imposto de Renda na Câmara, o projeto agora segue para o Senado.