Brasil e EUA iniciam reuniões que definirão novos juros
Os diretores do Bancos Central do Brasil iniciam hoje a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que deve definir o segundo corte na taxa Selic este ano. Consensos de mercado...
Os diretores do Bancos Central do Brasil iniciam hoje a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que deve definir o segundo corte na taxa Selic este ano. Consensos de mercado, precificação na curva e opções de Copom negociadas na B3 apontam para uma redução de meio ponto percentual na taxa, que passaria dos atuais 13,25% para 12,75% a.a..
Se a magnitude do corte não deixa muito espaço para dúvidas, os próximos passos do Copom até o fim do ano ainda concentram algumas apostas em uma aceleração no ritmo de afrouxamento monetário na política da autarquia. A curva futura de juros ainda mantem 50% de probabilidade de pelo menos um corte de 0,75 p.p. antes do ano acabar. O colegiado ainda terá mais duas reuniões após a reunião que se inicia hoje e termina amanhã.
Nos Estados Unidos, a discussão também está focada nos próximos encontros do FOMC (Comitê Federal do Mercado Aberto, na sigla em inglês), que seria o equivalente americano ao Copom. Para a reunião que também se inicia hoje é consenso que o banco central americano deve manter a taxa inalterada em 5,50% a.a. à espera de mais dados que tragam mais clareza sobre a trajetória inflacionária por lá. Para o restante do ano, o mercado precifica cerca de 50% de probabilidade mais um incremento de 0,25 p.p. na taxa.
O nível dos juros nos EUA influenciam o patamar da Selic também. Além da orientação sobre a pressão sobre os preços, a taxa básica de juros por aqui mantém uma relação com a americana, de forma que a diferença entre as praticadas aqui e lá façam sentido econômico. De forma resumida, quanto mais alta a taxa por lá menos espaço para queda os juros teriam por aqui. Portanto, as indicações futuras do custo de empréstimos pelo FED afetam as expectativas por aqui também.
Na agenda econômica, o banco central chinês deve revelar na noite de hoje (horário de Brasília) o custo para empréstimos de 1 e 5 anos. A expectativa é de manutenção das taxas em 3,45% e 4,20% a.a., respectivamente.
Por aqui, uma entrevista da ministra da Gestão, Esther Dweck, reforça a preocupação com a saúde das contas públicas nacionais. De acordo com Dweck, o governo planeja utilizar parte de uma possível receita extra para aumento nos salários dos servidores.
No Senado Federal, o projeto de lei das debêntures de infraestrutura pode ser votado ainda hoje. O texto prevê e a concessão de benefício fiscal ao emissor da dívida, com o abatimento de 30% dos juros pagos na base do IR (Imposto de Renda) e da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido)
No campo das commodities, o petróleo mantém o rali recente e sobe +0,50% na manhã de hoje, a US$ 94,91 o barril do tipo Brent. O preço do minério de ferro voltou a cair em Singapura e é negociado a US$ 120,40 a tonelada (-1,12%).
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