Os números do IPCA-15, índice conhecido como a prévia da inflação oficial no Brasil, ficaram acima das estimativas, mas com dinâmica positiva nos chamados núcleos (que excluem elementos mais voláteis da conta). Apesar da pressão com pressão dos alimentos, os serviços subjacentes se mantiveram controlados, o que reforçou o cenário positivo interno.

No mercado acionário, o Ibovespa registrou alta de 0,64%, aos 126,5 mil pontos, impulsionado pelo setor financeiro e pela Petrobras, que refletiu os ganhos no preço do petróleo. A empresa Vibra teve uma das maiores altas percentuais, enquanto a Eneva foi uma das principais perdas do índice devido à proposta de fusão apresentada na segunda-feira, 27.

No índice, a Petrobras foi a maior contribuição para o avanço, com ganho de 1,51%. As principais influências positivas em pontos ficaram com Petrobras, B3 e Itaú. Na ponta oposta, as principais perdas ficaram por conta de Eneva, Eletrobras e Suzano.

A alta local superou a observada nos índices americanos, que operaram próximos à estabilidade

O dólar registrou queda significativa, chegando a atingir o patamar de R$ 4,85, após declarações do dirigente do Federal Reserve, Christopher Waller, indicando que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos pode ter chegado ao fim. A moeda americana encerrou o dia com recuo de 0,57% contra o real, cotada a R$ 4,87.

Os juros futuros com vencimento mais longos viram as taxas cederem e encerrarem o dia com quedas de até sete pontos base, enquanto os vencimentos curtos e intermediários fecharam em alta de até 5 pontos base. Apesar do movimento, o mercado local continua precificando a taxa básica de juros brasileira abaixo de 10% ao ano no fim do ano que vem.

Por fim, no cenário político, como esperado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou os nomes indicados para o Banco Central, que agora seguem para apreciação no plenário da casa.