Magda Chambriard, nomeada para ocupar a presidência da Petrobras no lugar de Jean Paul Prates, prometeu ao presidente Lula (PT) que iria acelerar projetos que o governo considera “estruturantes”, como a retomada da refinaria Abreu e Lima e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), símbolos da corrupção na estatal, registrou O Globo.

Nos encontros realizados com o chefe do Executivo antes do anúncio, Magda também disse que ampliar os investimentos em gás e fertilizantes, paralisados ainda na gestão de Michel Temer por serem considerados antieconômicos.

Segundo o jornal, Lula reclamou a ministros e auxiliares que Prates estava fazendo “corpo mole” por estar alinhado ao mercado financeiro.

Prates nega falta de esforço

Ao se reunir com o presidente Lula na terça, 14, Prates negou que sua gestão estivesse atrasando a execução dos projetos, alegando eles têm um prazo de maturação.

O presidente da República, no entanto, estava decidido a tirar o petista do comando da Petrobras desde o conflito envolvendo a distribuição de dividendos extraordinários da estatal.

Lula não perdoa

Prates, que defendia a liberação de metade dos 43,9 bilhões de reais que sobraram no caixa da Petrobras, se absteve na reunião de conselho em que Lula ordenou a todos os representantes do governo votarem pela retenção dos dividendos.

Lula não perdoou Prates por isso, segundo O Globo.

Conselho aprova a saída de Prates

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta quarta-feira, 15, a saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal. No lugar dele, Clarice Copetti assume interinamente a presidência.

Copetti é diretora de Assuntos Corporativos da estatal, e permanecerá no cargo até a aprovação de Magda Chambriard, indicada do presidente Lula, como nova presidente da Petrobras.

Além de Prates, dois executivos ligados a ele também deixarão a empresa. O diretor financeiro, Sergio Caetano Leite; e o gerente executivo de Relações Institucionais, João Paulo Madruga.

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