O ator José de Abreu, 78, sofreu mais uma derrota na batalha judicial com o ator Carlos Vereza, 85. Em 2020, ambos brigaram pelas redes sociais por questões política.

Abreu já havia perdido uma ação anterior quando a Justiça considerou que ele extrapolou a liberdade de expressão com suas ofensas contra Carlos Vereza. Pelo Twitter, Abreu chamou Vereza de “fascista” e “esclerosado”.

No recurso negado agora, Abreu diz que fez uso do seu direito de livre pensamento ao incluir na mensagem ironia e comparações simples e iconográficas. Também afirma que as imputações rotuladas como ofensivas “são conceitos e fatos e, portanto, não se enquadram no conceito do crime de difamação”.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, a condenação ao pagamento de R$ 35 mil foi mantida.

Outros processos

Jose de Abreu é um militante de extrema esquerda, defensor ferrenho do governo Lula, que coleciona polêmicas. Em agosto de 2024, o ator global escreveu, em seu perfil no X (ex-Twitter), um post no qual disse que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes “deveria mandar fechar” o jornal Folha de S.Paulo.

Também em 2024, José de Abreu contou que pretende tomar ações legais contra os colegas Maria Zilda Bethlem e Murilo Rosa, após um trecho de uma live em que a atriz o acusa de ter “bafo” se tornar viral. O ator militante afirmou que seus advogados solicitarão uma indenização milionária de ambos

No final de 2023, o ator disse responder a pelo menos 19 processos judiciais e listou, debochando, alguns dos nomes que foram à Justiça contra ele, a exemplo do ex-governador de São Paulo, João Doria, a esposa do empresário, Bia Doria, o ex-procurador da República e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, entre outros.

Em 2022, José de Abreu foi condenado ao pagamento de indenização de 20.000 reais ao Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, por danos morais. A entidade recorreu à Justiça no início de 2019, meses após o ator publicar um tweet no qual acusava o hospital de ter “arquitetado” a facada sofrida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em conluio com o serviço de inteligência de Israel.