Zambelli pretende concorrer nas eleições italianas, diz advogado
Segundo Pagnozzi, a prioridade dela deputada licenciada é provar sua inocência e voltar ao Brasil; ela está foragida na Itália
O advogado da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), Fábio Pagnozzi, disse nesta segunda-feira, 14, que ela pretende concorrer nas eleições para o Parlamento italiano se não conseguir continuar com seu trabalho no Congresso brasileiro.
“A prioridade da deputada é provar a inocência e retornar ao Brasil para continuar com a atuação legislativa. É o que ela quer. Se isso não for possível, ela pretende ingressar em uma legenda na Itália para concorrer nas eleições italianas e prosseguir com o trabalho político”, pontuou o advogado.
A declaração foi dada inicialmente em entrevista ao portal Metrópoles e, depois, compartilhada pelo profissional em seu perfil no Instagram.
Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, perda do mandato e ao pagamento de uma multa por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. Ela está foragida na Itália.
Devido à condenação ainda, Zambelli é alvo de uma representação da Mesa Diretora da Câmara na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O colegiado votará a aplicação da pena de perda do mandato contra a deputada.
No último dia 2 de julho, os advogados da congressista apresentaram a defesa escrita dela no âmbito da representação.
Devolução de apartamento
A defesa combinou com a Câmara de fazer na terça-feira, 15, a devolução do apartamento funcional, em Brasília, sob responsabilidade da parlamentar.
A O Antagonista, Fábio Pagnozzi disse que vai pessoalmente amanhã, às 14h, fazer a solenidade de devolução do imóvel. Na mesma tarde, será realizada uma vistoria no espaço. A assessoria de imprensa da Câmara também confirmou que a entrega do apartamento foi agendada para amanhã.
Pelas regras da Câmara, o parlamentar deve estar em efetivo exercício do mandato para ter direito a um apartamento funcional e deve devolvê-lo no prazo de 30 dias, contado do último dia de efetivo exercício, na hipótese de deixar de exercer o mandato no decorrer da legislatura.
Na hipótese de uso indevido do imóvel, o ocupante deverá indenizar a Casa Baixa. O valor da indenização será calculado com base no auxílio-moradia e cobrado proporcionalmente aos dias de ocupação.
No caso de Zambelli, o prazo para devolução se encerrou no último dia 4 de julho, pois a Câmara oficializou em 5 de junho a licença de 127 dias da parlamentar. Porém, o imóvel não foi devolvido.
Na última terça-feira, 8, a defesa da deputada chegou a enviar um ofício à Câmara com pedido para que o prazo fosse prorrogado até 15 de julho.
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