Zambelli agradece Nunes Marques e diz esperar reconsideração de votos
Supremo Tribunal Federal formou maioria para condenar a deputada a cinco anos e três meses de prisão por dois crimes

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) agradeceu, nesta terça-feira, 25, ao ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspender o julgamento da ação penal contra ela na Corte e disse esperar que os ministros que já votaram reconsiderem seus votos.
A parlamentar se manifestou após o STF formar maioria para condená-la a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Nunes Marques pediu vista no julgamento na segunda-feira, 24. Antes do pedido, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino já haviam acompanhado o voto do relator, Gilmar Mendes, para condenar Zambelli. Depois da suspensão, Cristiano Zanin e Dias Toffoli anteciparam seus votos, que também acompanham o do relator.
“O julgamento ainda não terminou, graças ao pedido de vista do Excelentíssimo Senhor Ministro Nunes Marques, a quem agradeço por permitir mais tempo para reflexão. Espero que os ministros reconsiderem e garantam justiça”, afirmou Zambelli, em nota.
Ainda de acordo com a parlamentar, é acusada por se defender de um “agressor” que a “perseguiu” em São Paulo, após o telefone dela “ter sido vazado por membros da esquerda”. “Isso resultou em milhares de ameaças contra mim e minha família, especialmente meu filho. O vazamento foi confessado por um deputado envolvido em rachadinhas”, acrescenta.
“Agradeço imensamente as orações e o apoio dos brasileiros, que me fortalecem e renovam minha fé em um Brasil mais justo e livre. Sigo firme, confiando em Deus e em Sua Justiça, que nunca falha”, conclui Zambelli.
A ação penal em julgamento no STF é referente ao episódio em que a parlamentar perseguiu, com arma em punho, o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição teve início após Zambelli e o jornalista trocarem provocações durante um ato político nos Jardins, na capital paulista.
Junto a um homem armado, a deputada sacou sua arma pessoal e perseguiu Luan até encurralá-lo dentro de um bar, onde se encerrou a discussão sem nenhum disparo. O Supremo Tribunal Federal tornou Zambelli ré por causa do episódio em agosto de 2023, por nove votos a dois. Na ocasião, apenas Nunes Marques e André Mendonça foram contrários à abertura do processo.
O julgamento da ação penal está ocorrendo no plenário virtual do STF. Teve início na última sexta-feira, 21, e iria até 28 de março. Com o pedido de vista de Nunes Marques, não há data para que ele seja retomado, mas o ministro tem até 90 dias para retomar a análise do processo.
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Comentários (2)
Angelo Sanchez
25.03.2025 14:07O STF soltou corruptos e descondenou o líder maior, em compensação prendem uma mulher que combate criminosos.
Angelo Sanchez
25.03.2025 14:05Lembrando que STF soltou um chefe do narcotráfico, e em compensação quer tirar da politica uma mulher de coragem que enfrentou a bandidagem.