A volta de Demóstenes Torres
Cassado pelo Senado em 2012, ele faz a defesa do almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos

O ex-senador e advogado Demóstenes Torres (foto) voltou aos holofotes nesta terça-feira, 25, ao sustentar a defesa do almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, um dos oito denunciados que podem se tornar réus pela trama golpista.
Ele foi cassado pelo Senado em 2012, acusado de mentir sobre suas relações com Carlos Cachoeira e de usar o cargo para beneficiar o empresário, que na época estava preso por suspeita de chefiar um esquema de corrupção.
Como advogado de Almir Garnier, ele defendeu a inocência do almirante, afirmando que a denúncia contra ele “inepta” por não mencionar “de que forma o almirante Garnier contribuiu para os atos do dia 8 de janeiro”.
“Precisa ter um mínimo de lastro probatório”, acrescentou.
O julgamento
A Primeira Turma do STF iniciou nesta terça-feira a análise da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado por cinco crimes, entre os quais, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado.
Além do ex-presidente, fazem parte dessa primeira leva de denunciados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
Para conseguir dar vazão de forma mais célere ao julgamento da denúncia, o presidente da 1ª Turma, ministro Cristiano Zanin, agendou sessões para esta terça e para amanhã, quarta-feira. A tendência é que a definição se Jair Bolsonaro se tornará ou não réu no STF ocorra apenas nesta quarta.
Em sua denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o ex-presidente da República foi o líder de uma organização criminosa que tramou contra o Estado Democrático de Direito. A peça narra desde os atos preparatórios às eleições, com questionamentos sobre a integridade das urnas eletrônicas, até os atos de 8 de janeiro de 2023.
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Comentários (1)
Maria De Fatima Carvalho Gabriel
25.03.2025 12:50A defesa do ex presidente foi autorizada a entrar ou não?