Vacina contra dengue, esnobada pelo governo, começa a ser aplicada no MS
A Secretaria Municipal de Saúde de Dourados (MS) deu início à campanha de vacinação contra a dengue. A vacina aplicada é a Qdenga, do laboratório japonês Takeda, que em outubro do ano passado foi desprezada pelo governo Lula.
A Secretaria Municipal de Saúde de Dourados (MS) deu início à campanha de vacinação contra a dengue. A vacina aplicada é a Qdenga, do laboratório japonês Takeda, que em outubro do ano passado foi desprezada pelo governo Lula.
O objetivo é imunizar cerca de 150 mil pessoas entre 4 e 59 anos
A vacina Qdenga já está disponível na rede privada de saúde, desde julho de 2023, e oferece imunidade completa com duas doses, sendo a segunda aplicada três meses após a primeira. Segundo a prefeitura de Dourados, o laboratório já entregou aproximadamente 90 mil doses, distribuídas para todas as unidades básicas de saúde (UBS).
A eficácia geral da vacina Qdenga alcançou 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo, após 12 meses da segunda dose. Além disso, o imunizante também reduziu as hospitalizações em 90%. Segundo o laboratório Takeda, a imunização oferecida pela vacina tem duração de até cinco anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a vacina em outubro de 2023. A decisão foi baseada nas análises do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (SAGE).
A vacina Qdenga, também conhecida como TAK-003, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março do ano passado para uso no Brasil em pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de já terem sido infectadas pela dengue ou não.
O laboratório responsável solicitou ao Ministério da Saúde a inclusão da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em julho, o Ministério da Saúde disse que a vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês e autorizada pela Anvisa, ainda precisava de análise e que ela poderia demorar até um ano para ser incorporada ao sistema público.
O governo, em meio a recordes de casos da doença, preferiu priorizar uma vacina que é produzida pelo Instituto Butantan desde 2009. O imunizante sequer teve a pesquisa finalizada e pode ser liberado pela Anvisa apenas em 2025.
Após uma consulta pública, o governo petista decidiu utilizar a vacina e hoje conta como vitória o acordo fechado com o laboratório japonês.
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