USP e União Conservadora levam briga para Justiça
Universidade fala em invasões e anuncia reforço de segurança; grupo nega acusações, alega agressões e promete processar alunos
A Universidade de São Paulo decidiu mover ação cível contra a União Conservadora após confronto na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na sexta, 5.
A direção afirma que este foi o oitavo episódio de entrada não autorizada em 2025. A reitoria acionou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e prometeu reforçar a vigilância na Cidade Universitária.
Segundo o reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior, foi enviado ofício para atuação das polícias Civil e Militar.
A SSP confirmou boletim de ocorrência por lesão corporal e vias de fato no 93º Distrito Policial, no Jaguaré, e disse que as vítimas devem prestar depoimento nos próximos dias.
Estudantes e servidores relatam que integrantes do grupo entram nos prédios para retirar cartazes e filmar confrontos.
Na sexta, 5, militantes foram aos cursos de História e Geografia, e houve empurra-empurra quando os alunos formaram um cordão para retirá-los.
Um estudante de 19 anos disse ter sido mordido no cotovelo. Funcionários do Departamento de Geografia denunciaram agressões verbais, exposição indevida de imagens e interrupção de atividades.
A União Conservadora contesta essa versão.
O presidente, Mario Fortes, diz que a ida foi pacífica e tinha como objetivo recolher assinaturas para um abaixo-assinado que pede exames toxicológicos nas universidades estaduais.
Ele afirma que houve “reação violenta e desproporcional” dos estudantes, com ataques contra mulheres, um adolescente de 16 anos e uma idosa de 70 anos.
O grupo anunciou que também processará a USP e os alunos envolvidos.
A ex-participante de reality show Liziane Gutierrez declarou ter sido agredida. Fortes afirmou ainda que pretende usar o caso para defender projeto de lei que torne obrigatórios exames toxicológicos em universidades estaduais.
Vídeos divulgados em redes sociais mostram um jovem de 16 anos derrubando uma aluna ao arrancar uma vuvuzela e batendo em celulares que o filmavam.
Em outra cena, um ativista cai ao ser perseguido por estudantes e recebe chutes e socos. A direção da faculdade informou que enviará os registros às autoridades.
A Procuradoria-Geral da USP prepara ação cível contra os envolvidos, e a FFLCH protocolou representação no Ministério Público. A reitoria afirmou que acompanhará as investigações da Polícia Civil.
A direção da FFLCH convocou reunião aberta para quinta, 11, às 18h, no auditório Milton Santos.
O encontro vai discutir informes e ações públicas em defesa da faculdade. A comunidade acadêmica foi orientada a registrar ocorrências e encaminhar provas às instâncias formais.
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Comentários (2)
Marcia Elizabeth Brunetti
12.09.2025 08:05Quiseram impedir grupo de direita de entrar na Universidade pública ???
Annie 40
12.09.2025 07:36Se fosse um grupo do MTST serism ovacionados