A Quarta Turma do TRF-5, com sede no Recife, anulou nesta terça, 22, as buscas feitas contra Ciro Gomes (foto) no âmbito da Operação Colosseum. Com isso, todas as eventuais provas derivadas do mandado cumprido pela PF em dezembro de 2021 também foram anuladas.

A decisão do colegiado, unânime, foi tomada em um habeas corpus movido pelo advogado Walter Agra, que representa o presidenciável do PDT. A defesa de Ciro argumentou que PF e MPF deflagraram as buscas sem elementos indiciários e com base apenas na palavra de delatores da Odebrecht e da Queiroz Galvão.

O entendimento dos desembargadores foi o de que houve constrangimento ilegal. Nas redes, Ciro disse nunca ter duvidado de que “a verdade e a justiça prevalecessem sobre o arbítrio, a manipulação e a prepotência”.

Deflagrada em dezembro de 2017, a Operação Colosseum investiga suspeitas de fraudes e pagamento de propina a políticos e funcionários públicos do Ceará nas obras do estádio Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013. A PF disse ter encontrado indícios da transferência de R$ 11 milhões, em espécie ou disfarçados de doações eleitorais.

Além do presidenciável do PDT, o irmão dele, Cid Gomes, também foi alvo da operação. A decisão do TRF-5, no entanto, cassou apenas o mandado de busca e apreensão contra Ciro.