A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar, a partir de 11 de agosto, a decisão do decano da Suprema Corte, Gilmar Mendes, de suspender uma investigação contra um ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL; foto). Nesta quinta-feira (6), no dia da votação da reforma tributária, o ministro ordenou que a Operação Hefesto, sobre o superfaturamento na compra de kits de robótica comandada por Luciano Ferreira Cavalcante, ex-assessor e ainda próximo a Lira, fosse suspensa.

O julgamento será virtual.

O ministro ainda ordenou que as provas coletadas fossem encaminhadas à Suprema Corte — o que já iria ocorrer, visto que foram encontrados pagamentos a “Arthur”, que os investigadores acreditam ser o próprio político alagoano. A PF apura supostos crimes na compra de kits de robótica para 43 municípios de Alagoas, entre 2019 e 2022, com recursos desviados do FNDE. A Controladoria calcula que as fraudes e superfaturamento geraram prejuízo ao erário de 8,1 milhões de reais.

A paralisação do caso ocorre uma semana após Lira comparecer ao Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pela faculdade na qual Gilmar Mendes é sócio. O “Gilmarpalooza” ainda levou ministros, advogados e senadores à capital portuguesa.