Senado vota PEC que limita decisões monocráticas nos tribunais
O Plenário do Senado está se preparando para votar, nesta terça-feira, 21, a proposta de emenda à Constituição que tem como objetivo limitar as decisões monocráticas e os pedidos de vista nos tribunais. A sessão está marcada para as 14h e conta com outros três itens na pauta...
O Plenário do Senado está se preparando para votar, nesta terça-feira, 21, a proposta de emenda à Constituição que tem como objetivo limitar as decisões monocráticas e os pedidos de vista nos tribunais. A sessão está marcada para as 14h e conta com outros três itens na pauta.
Antes da votação, a PEC passará pela quinta e última sessão de discussão no Plenário. A proposta foi apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e recebeu parecer favorável do senador Esperidião Amin (PP-SC).
O texto da PEC proíbe a concessão de decisões monocráticas que suspendam a eficácia de leis ou atos normativos com efeito geral, bem como aquelas que suspendam atos dos presidentes da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Nacional. Decisões monocráticas são aquelas proferidas por apenas um magistrado, em contraposição às decisões colegiadas, tomadas por um conjunto de magistrados.
No entanto, a PEC autoriza a adoção de decisões monocráticas em situações de grave urgência ou risco de dano irreparável durante o recesso do Judiciário. Nesses casos, o tribunal responsável pelo julgamento deve analisar o caso em até 30 dias após a retomada dos trabalhos, sob pena de perda da eficácia da decisão.
A proposta tem gerado debates acalorados entre os senadores, que argumentam sobre a necessidade de limitar as decisões monocráticas para garantir maior segurança jurídica e evitar possíveis abusos. Por outro lado, há aqueles que defendem a manutenção da autonomia dos magistrados para decidirem de forma individual, especialmente em casos urgentes.
Caso a PEC seja aprovada pelo Plenário do Senado, ela seguirá para análise e votação na Câmara dos Deputados. A expectativa é que o tema seja amplamente discutido em ambas as casas legislativas, levando em consideração as diferentes perspectivas sobre o assunto.
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