Salles se lança candidato ao Senado em 2026
O deputado entrou na mira de aliados e seguidores de Bolsonaro por apoiar Marcel van Hattem na disputa pela presidência da Câmara

O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP, foto) afirmou nesta quinta-feira, 6, que será candidato ao Senado por São Paulo em 2026.
Em vídeo publicado nas redes sociais, gravado no salão azul, o ex-ministro do Meio Ambiente disse que o estado é o que mais arrecada impostos no Brasil, embora seja o que menos receba recursos da União.
“Aqui trata-se de duas problemáticas diferentes: problemas nacionais, e diz respeito justamente a relação com o Judiciário, as relações exteriores, dois temas que são eminentemente competências do Senado Federal, mas há aqui também um segundo ponto que é a defesa dos interesses do estado de São Paulo.
Enquanto deputado, discuti-se muito questões ideológicas, temas de posicionamento, costumes, o que também acaba vindo para cá, mas o Senado tem um papel a mais. O senador é aquele que tem que defender o seu estado. O estado de São Paulo é aquele que paga conta do Brasil. De longe, a maior arrecadação de impostos vem do estado de São Paulo. Por outro lado, aquele que menos recebe recursos da União, do Governo Federal, é o Estado de São Paulo.
Portanto, é preciso ter as três cadeiras do Estado de São Paulo muito bem representadas por pessoas que conheçam o Estado, defendam efetivamente o nosso Estado e saibam que São Paulo tem um peso muito grande e que hoje tá sub-representado, subdimensionado dentro da Federação brasileira. Então, estamos juntos e a partir de agora caminhamos rumo ao Senado em 2026.”
Salles traidor?
Apontado por Jair Bolsonaro (PL) com seu “candidato dos sonhos” à Prefeitura de São Paulo em 2024, Salles entrou na mira de aliados e seguidores do ex-presidente por ter apoiado a candidatura do correligionário Marcel van Hattem (Novo-RS) à presidência da Câmara dos Deputados.
Ao comentar uma publicação na qual Van Hattem celebrou o resultado da eleição na Câmara, o ex-ministro disse que os votos recebidos pelo parlamentar gaúcho “efetivamente representam os valores da direta liberal conservadora, que não transige com o Centrão, não coaduna com posturas e práticas incompatíveis com as nossas crenças”.
O deputado Mario Frias (PL-SP) chamou o movimento do Novo de “teatro”, afirmando que o partido queria “desgastar o presidente Bolsonaro”.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por sua vez, disse que o episódio foi a “verdadeira divisão da direita”.
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