Renato Duque é condenado a 29 anos de prisão por corrupção
O ex-diretor da Petrobras é acusado de ter recebido propina para favorecer a Multitek Engenharia

Preso desde agosto de 2024, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque (foto) foi condenado a 29 anos e dois meses de prisão, além de multa, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, em uma ação penal proposta em 2020, registrou a Folha de S.Paulo.
O juiz federal substituto Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba, assinou a sentença em 14 de abril.
Além do ex-diretor da Petrobras, o empresário Luis Alfeu Alves de Mendonça também foi condenado a 11 anos e seis meses de prisão.
O magistrado também determinou o confisco de 3,4 milhões de reais em bens dos réus e da escultura Raízes, de autoria de Frans Krajcberg, avaliada em 220 mil reais.
Ainda cabe recurso.
A acusação
Segundo a acusação, o empresário teria pago mais de 5,6 milhões de reais em propina para Renato Duque a fim de favorecer a Multitek Engenharia em licitações e contratos com a Petrobras
Os pagamentos ocorreram entre 2011 e 2012.
Incluindo aditivos, os contratos da estatal com a Multitek somavam mais de 525 milhões de reais.
Para dissimular a origem da propina, Duque e Mendonça recorreram aos irmãos Milton e José Adolfo Pascowitch, que firmaram acordo de colaboração premiada.
Renato Duque e a Lava Jato
Renato Duque é um dos personagens centrais da Lava Jato e um dos primeiros a ser condenado pelo ex-juiz Sergio Moro.
A primeira condenação dele ocorreu em 2015, durante a 10ª fase da operação. Na época, ele respondeu pelo crime de associação criminosa e teve uma pena estabelecida em 20 anos e 8 meses de prisão.
Depois disso, ele recebeu mais 11 condenações entre março de 2016 e abril de 2021. Todas por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
Em março de 2016, ele recebeu outra pena de 20 anos, 3 meses e 10 dias por corrupção e lavagem. Em maio daquele ano, uma nova pena expressiva: 10 anos também por corrupção.
Em depoimento prestado em 2019, Duque admitiu ao então juiz da Lava Jato Luiz Antonio Bonat que José Janene (PP) queria 5% dos contratos da Petrobras, mas o percentual era impraticável. Ele também relatou a atuação dos operadores de José Dirceu, que, segundo ele, também se beneficiou com propina desviada da estatal.
Leia mais: Justiça decreta prisão em regime fechado do ex-diretor da Petrobras Renato Duque
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Comentários (8)
Alberto
24.04.2025 10:01Infelizmente o Brasil virou um prostibulo que não ser chamada de nação, está contaminada por ladrões, proxenetas, gente sem moral,sem ética.
Manoel Coutinho
23.04.2025 16:49Duque não deve ter contratado o advogado certo, como algum ligado ao prerrogativas ou a algum escritório de esposas de ministros.
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
23.04.2025 10:13Que sirva de lição a todos os funcionários públicos e de estatais. Os padrinhos se safaram, os peixes pequenos se ferram.
JEAN PAULO NIERO MAZON
23.04.2025 09:37Se couber recurso no STF... estará livre
Claudemir Silvestre
23.04.2025 09:27Juizes do STF … isso é URGENTE !!! Corram para liberar o amigo do LULA que foi preso por corrupção !!! Que absurdo 🤣🤣🤣
Marcia Elizabeth Brunetti
23.04.2025 09:18O Governo do Amor e da Vingança deverá interceder para que este jovem senhor seja libertado, afinal, a Lava-Jato não foi uma Operação legal. Basta ver que o Santo José Dirceu está ai, entre nós, e comprovando sua ""inocência". Desculpe mas esse nem os petistas raiz acreditam, vide a queda de popularidade do Descondenado.
Ernesto Herbert Levy
23.04.2025 09:13Por que só eu??? Chama o stf!
Amaury G Feitosa
23.04.2025 09:10.. já o chefe da quadrilha "descondenado" virou ditador deste galinheiro fétido e infecto que canalhas e asseclas não se envergonham de dizer república democrática ...