Relatório da CPMI foi “enviesado pelo ódio”, diz Girão
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse, em pronunciamento nesta terça-feira (17), que o relatório da CPMI do 8 de Janeiro está "totalmente enviesado pelo ódio"...
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse, em pronunciamento nesta terça-feira (17), que o relatório da CPMI do 8 de Janeiro está “totalmente enviesado pelo ódio“.
O parlamentar ressaltou que a base governista impediu que a comissão ouvisse figuras importantes, comprometendo, assim, uma investigação abrangente dos ataques aos Poderes da República, sem “proteger” ninguém.
“Eu esperava que o relatório […] viesse bem parcial, mas a peça de ficção que a gente pôde ouvir, a fantasia, o malabarismo feito para poupar o general do Lula, não indiciar alguém que o Brasil inteiro viu, junto com a sua equipe, servindo água aos invasores, não acionando os pelotões disponíveis da própria Guarda Presidencial para proteger o Palácio do Planalto, uma omissão flagrante, descredibilizou completamente o relatório da senadora Eliziane Gama. Só em não ter colocado o general GDias como um indiciado, uma sugestão, um pedido de indiciamento, isso já derreteu completamente o restinho de credibilidade que tinha essa CPMI”, disse Girão, sobre o general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foi exonerado antes da instalação da comissão.
Girão também afirmou que o ministro da Justiça, Flávio Dino, deveria ser mencionado no relatório, mas foi “protegido”. O senador alegou que Dino se recusou a entregar as imagens das câmeras internas e externas do prédio do Ministério da Justiça no dia da invasão, recorrendo ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Utilizou-se do subterfúgio de perguntar ao STF se poderia entregar, talvez achando que o ministro Alexandre de Moraes fosse dizer não. Essa era uma expectativa, inclusive, entre alguns de nós da oposição, mas o relator do inquérito disse que poderia entregar, autorizou entregar. O ministro Flávio Dino não entrega e, depois, vem com uma justificativa sem pé e sem cabeça, dizendo que as imagens foram apagadas, ao mesmo tempo que entrega duas imagens de 200 câmeras! Duas câmeras de 200! É surreal a incoerência, a inconsistência, a contradição dessas pessoas!”
Girão considera uma “revanche política injusta” o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que segundo a relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), deve responder por associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado. Ele também condenou o indiciamento do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, general Walter Braga Netto, afirmando que o militar sequer foi ouvido pela CPMI.
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