Relator coloca a Petrobras no centro da CPI da Braskem
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) solicitou que a Petrobras envie ao colegiado dados sobre minas subterrâneas na capital alagoana
Após diversos embates, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem se reúne nesta terça-feira, 27, para discutir o plano de trabalho do colegiado. O grupo foi instalado em dezembro do ano passado para investigar os danos ambientais causados em Maceió (AL) pela empresa petroquímica.
Escolhido relator, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) solicitou que a Petrobras envie ao colegiado dados sobre minas subterrâneas na capital alagoana. Apesar de ser governista, os requerimentos sobre a Petrobras coloca a estatal no centro das discussões da crise do afundamento do solo em Maceió.
Como noticiamos, o Palácio do Planalto chegou a trabalhar contra a CPI, pois temia que o caso poderia ser usado pela oposição para desgastar o Executivo, já que a Petrobras tem participação societária na Braskem, ao lado da Novonor (ex-Odebrecht).
Em um outro requerimento, o petista pede a realização de diligência externa em Maceió, para que os senadores da comissão inspecionem in loco os bairros afetados pelo desastre.
A lista de requerimentos também conta com pedidos de informações para a própria Braskem e para diversos órgãos, como a Prefeitura de Maceió, o governo de Alagoas, a Defensoria Pública do estado, o Ministério Público estadual e Federal e o Ministério de Minas e Energia.
“Cabe a nós investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da empresa Braskem e todas as empresas que antes ou em conjunto com a Braskem tiveram ação direta ou indireta na exploração do minério extraído da sal-gema”, afirmou o relator.
O afundamento de Maceió
Em novembro do ano passado, a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência na cidade por 180 dias. À época, a causa era o risco iminente de colapso de uma mina da Braskem, localizada na região da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.
As minas localizadas na região são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração, mas que estavam sendo fechadas desde que o SGB (Serviço Geológico do Brasil) confirmou que a atividade realizada pela Braskem provocou o fenômeno geológico na região.
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