Quem vai dar o abraço de afogados em Bolsonaro?
Por enquanto, poucos dos apoiadores mais relevantes de Jair Bolsonaro se mostraram dispostos a comparecer ao ato do domingo, 25 de fevereiro. Os indecisos ainda terão uma semana para se posicionar
Jair Bolsonaro convocou para o 25 de fevereiro um ato em seu apoio na avenida Paulista. Segundo a Polícia Federal, ele enviou 800 mil reais para um banco com sede nos Estados Unidos para aguardar confortavelmente os desdobramentos do plano de golpe de Estado formulado por ele e seus aliados mais aloprados.
Bolsonaro chamou seu ato em defesa do “Estado democrático de Direito”. Embora a retórica populista que conclama à união de todos os “conservadores da direita” em defesa das causas “Deus, pátria, família e liberdade” esteja sendo usada a torto e a direito, nem todos os ex-aliados de Bolsonaro estão dispostos a dar esse abraço de afogado no ex-presidente.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na quarta-feira, 14, que estará presente: “É uma manifestação pacífica a favor do [ex-] presidente, e estarei ao lado dele, como sempre estive”.
Quem mais confirmou?
Segundo apuração da Folha de S.Paulo, as senadoras Tereza Cristina (PP-MS) e Damares Alves (Republicanos-DF) disseram que não vão devido a compromissos já agendados para essa data. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ministro da Casa Civil de Bolsonaro, disse que vai ao evento e levará “toda sua família” para mostrar apoio ao ex-presidente “junto de milhares de brasileiros.”O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) também confirmou presença por meio de sua assessoria.
O senador Hamilton Mourão, que, após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, conclamou os atuais comandantes das Forças Armadas a não se omitirem contra a “condução arbitrária de processos ilegais” e, depois, recuou em nota, disse, por meio da assessoria, que não iria comentar o ato convocado por Bolsonaro.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB-SP), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não se pronunciaram sobre o assunto.
Quanto aos governadores, Cláudio Castro (PL-RJ), Mauro Mendes (União Brasil-MT), Marcos Rocha (União Brasil-RO), Ratinho Junior (PSD), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Wilson Lima (União Brasil-AM) ainda não responderam se irão ao ato.
O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP) e Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, não irão.
Não irão ao ato
- Governador Jorginho Mello (PL-SC)
- Governador Antonio Denarium (PP-RR)
- Senadora Tereza Cristina (PP-MS)
- Damares Alves (Republicanos-DF)
Presença confirmada
- Governador Tarcísio (Republicanos-SP)
- Senador Ciro Nogueira (PP-PI), chefe da Casa Civil de Bolsonaro
- Senador Marcos Pontes (PL-SP), ministro de Ciência e Tecnologia de Bolsonaro (2019-2022)
Indefinidos (ou não responderam)
- Governador Cláudio Castro (PL-RJ)
- Governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO)
- Governador Mauro Mendes (União Brasil-MT)
- Governador Marcos Rocha (União Brasil-RO)
- Governador Romeu Zema (Novo-MG)
- Governador Gladson Cameli (PP-AC)
- Governador Wilson Lima (União Brasil-AM)
- Governador Ratinho Jr. (PSD-PR)
- Governador Ibaneis Rocha (MDB-DF)
- Deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara
- Prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP)
- Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
- Senador Sergio Moro (União Brasil)
- Senador Eduardo Girão (NOVO)
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