PT instala telão na Câmara para assistir ao julgamento de Bolsonaro
Parlamentares da oposição acompanharam a sessão no auditório da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal; houve barrados

Deputados federais do PT, sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanharam o início do julgamento sobre a aceitação da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado por meio deu um telão instalado no gabinete da liderança do partido na Câmara.
Entre os presentes, estiveram o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), e as deputadas Jack Rocha (PT-ES) e Ana Paula Lima (PT-SC). Foi Lindbergh quem pediu que o telão fosse instalado no gabinete para que a bancada pudesse assistir ao julgamento, que ocorre no auditório da Primeira Turma do STF e está sendo transmitido ao vivo até mesmo pelo canal do Partido dos Trabalhadores no YouTube.
Pela manhã, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, fez a leitura do seu relatório sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR); e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados dos acusados realizaram sustentações orais. Às 14h, os ministros da Primeira Turma começarão a analisar a denúncia.
“Foi dado o início do julgamento de Jair Bolsonaro e mais 7 réus por trama golpusta. Hoje já é um dia histórico para este país, um marco na nossa República. Sem anistia!”, escreveu Lindbergh no X (antigo Twitter).
A PGR denunciou Bolsonaro e as outras sete pessoas por crimes como golpe de Estado, tentativa de abolição violenta ao Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Oposição vai ao STF
O líder da oposição da Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), e outros deputados federais oposicionistas aliados de Bolsonaro, por sua vez, acompanham o julgamento no próprio auditório da Primeira Turma. Pela manhã, além de Zucco, estiveram presentes Mário Frias (PL-SP), Evair de Melo (PP-ES), Mauricio do Vôlei (PL-MG), Delegado Caveira (PL-PA), Zé Trovão (PL-SC), Capitão Alden (PL-BA), Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Giovani Cherini (PL-RS). Carlos Jordy (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO) e Sargento Fahur (PSD-PR) tiveram a entrada no auditório barrada pela segurança, por lotação.
Zucco rebateu o argumento, em nota: “Apesar das informações que circulam sobre a lotação do espaço, constatamos que há pelo menos 20 poltronas vazias, o que contradiz a narrativa de superlotação. Deixamos registrado nosso repúdio com o impedimento de colegas da oposição que não puderam acessar o local do julgamento”.
Mais cedo, em coletiva de imprensa, o líder da oposição disse que os parlamentares foram ao STF porque ainda possuem “um suspiro de esperança que a justiça prevaleça”.
“Nós estamos aqui diante de um evento político. Por mais que o STF tenha a sua necessidade clara de fazer justiça, hoje nós estamos aqui para ver a justiça que será feita baseada numa dita ação da PGR que trabalha 11 delações de um colaborador ameaçado, que é o Cid”, criticou.
Segundo o deputado, “o mundo está atento no dia de hoje o que vai acontecer” e Bolsonaro está “sendo condenado previamente”. O ex-presidente também acompanha o julgamento presencialmente no auditório da Primeira Turma.
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